Dados do Trabalho

Título

INGESTÃO DE SÓDIO EM ADULTOS: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS, SÃO PAULO, BRASIL. SODIUM INTAKE IN ADULTS: A POPULATION-BASED STUDY IN CAMPINAS, SÃO PAULO, BRAZIL.

Resumo

O sódio desempenha um papel importante na homeostase celular e a ingestão excede em muito as necessidades fisiológicas. Os fatores que afetam a ingestão individual ainda são pouco conhecidos na população brasileira e a autopercepção é bastante distorcida. Verificar a associação entre o 4º quartil da distribuição da ingestão de sódio em relação a variáveis demográficas, socioeconômicas e comportamentais relacionadas à saúde e autopercepção da ingestão de sódio em adultos. Trata-se de um estudo transversal de base populacional que utilizou dados do Inquérito de Saúde no Município de Campinas (ISACamp 2014/15) e do Inquérito de Consumo Alimentar e Estado Nutricional (ISACamp-Nutri 2015/16). Foram obtidas informações de adultos (20 a 59 anos), não institucionalizados e residentes na área urbana de Campinas. Em relação aos comportamentos relacionados à saúde, 26,86% não faz algo para emagrecer, 27,68% usam tempero pronto e 29,52% não se preocupa com o sal. O consumo de frutas < 5 vezes na semana foi de 29,19%, o consumo de suco natural ≥ 5 na semana foi de 32,9%, o consumo de feijão ≥ 5 na semana foi de 29,79%, 36,30 consome embutidos e 32,49 refrigerantes de 4 a 7 vezes na semana. A prevalência da ingestão de sódio no 4º quartil, correspondente a ingestão mais inadequada, foi significativamente superior nos adultos do sexo masculino. Entre as variáveis socioeconômicas, há um gradiente decrescente com o aumento da escolaridade, atingindo uma razão de prevalência (RP) de 0,80 no segmento de maior escolaridade do chefe da família. A prevalência de pior ingestão de sódio foi significativamente superior naqueles que relataram consumo de suco natural e feijão inferior a quatro vezes na semana e naqueles que relataram que fazem alguma coisa para emagrecer. Os achados revelaram uma diferença na ingestão de sódio, apontando uma necessidade de atenção aos segmentos socialmente vulneráveis e sinalizando a relevância de orientação global. A prevenção primária das doenças cardiovasculares deve começar precocemente, possibilitando melhor direcionamento de políticas públicas de prevenção de doenças crônicas.

Palavras Chave

Sódio; consumo alimentar;

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