Dados do Trabalho


Título

Espiritualidade e religiosidade de pacientes da cardiologia em seguimento ambulatorial após internação em Unidade Terapia Intensiva Coronariana (UCO) de um hospital escola federal.

Resumo

Introdução: A doença arterial coronariana (DAC), é uma das principais doenças do século 21, e pode comprometer significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) determina a percepção das pessoas que convivem com a doença, através de sua capacidade funcional, ocupacional, bem como seu funcionamento psicológico e social. A insuficiência cardíaca (IC), tem um grande impacto na QVRS das pessoas, por se tratar de uma doença crônica e ser uma sequela prevalente da DAC, com potencial desfecho desfavorável. Objetivos: Este trabalho teve por objetivo verificar o benefício da espiritualidade e da religiosidade para a melhoria da QVRS e da capacidade de enfrentamento da doença em pacientes cardiopatas. Métodos: Foram entrevistados 32 participantes (n=32) portadores de cardiopatia, sendo 59,4% homens. A coleta de dados foi realizada por entrevista agendada em ambulatório de cardiologia, pela da aplicação de questionários validados, destacando-se o Coping Religioso e Espiritual (CRE), o Índice de Religiosidade de Duke (DUREL) e a Escala de Esperança de Herth (EEH). Resultados: As dimensões de religiosidade organizacional (RO) e religiosidade não organizacional (RNO) se correlacionaram significativamente ao CRE positivo, demonstrando relação direta entre o envolvimento religioso do paciente e sua capacidade de lidar com cenários estressantes. Além disso, o RO também se correlacionou de forma moderada ao CRE negativo, pois o paciente, muitas vezes, visualiza a doença como punição divina. Enquanto na RO há possibilidade de adesão superficial por mera pressão externa, na religiosidade intrínseca (RI) acontece o oposto, pois esta se refere à fé e a práticas vivenciadas profundamente, com base em crenças e valores pessoais. Por isso, há boa relação da RI com o CRE positivo, haja vista a resiliência espiritual mais sólida desses pacientes. No que tange ao grau de esperança, o item EEH-9 se relacionou com o CRE total, demonstrando que a capacidade de oferecer e receber afeto está intrinsecamente associada a uma rede de apoio sólida. Já o item EEH-10 se associa ao CRE negativo, pois indica individualidade e pouca flexibilidade. Conclusão: Concluímos que as atividades espirituais e religiosas estão associadas à percepção da melhora da saúde e da qualidade de vida dos pacientes cardiopatas, se configurando como estratégia efetiva no enfrentamento durante o processo de enfrentamento do adoecimento e de adesão ao tratamento.

Palavras Chave

Qualidade de Vida; Espiritualidade; Insuficiência Cardíaca.

Arquivos

Área

ESPIRITUALIDADE E MEDICINA CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

GIOVANNA DE MORAES PEREIRA, KAREN CRISTINY DIAS LOURENÇO, VILMAR DE ASSIS GONÇALVES JUNIOR, ELMIRO SANTOS RESENDE, OMAR PEREIRA DE ALMEIDA NETO, POLIANA ALVES DUARTE