Dados do Trabalho


Título

UMA REVISÃO SOBRE A EFICÁCIA DOS ESCORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES GRÁVIDAS

Resumo

Introdução. As gestantes podem apresentar alto risco cardiovascular, uma vez que as inúmeras alterações fisiológicas, hormonais e psíquicas aumentam a probabilidade de complicações e podem levar ao desenvolvimento de Doenças Cardiovasculares (DCV) no futuro. Atualmente, as DCV são consideradas as principais causas de morte e a população feminina representa a maior população no Brasil, por isso o avaliação do risco cardiovascular é uma medida importante, ainda mais no período gravídico, onde pode ocorrer complicações como pré-eclâmpsia, eclâmpsia, tromboembolismo venoso e eventos cardiovasculares agudos. Nesse sentido é de suma importância analisar a eficácia dos escores de risco que são comumente utilizados na prática clínica. Objetivo. Realizar uma análise sobre a eficácia dos escores de risco cardiovascular tradicionais em prever eventos cardiovasculares adversos em mulheres gestantes. Métodos. Trata-se de uma revisão sistemática, com dados coletados em quatro bases de dados (WoS, Medline, SCOPUS e LILACS) utilizando os descritores risco cardiovascular, gestantes, doenças cardiovasculares e seus correspondentes em inglês. Para maior rigor metodológico, utilizou-se as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses (PRISMA). Na busca inicial, encontrou-se 3.350 estudos, após o estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão além da leitura e análise criteriosa na íntegra, chegou-se à amostra final de 34 estudos. Resultados. Diversos escores de risco têm sido desenvolvidos e utilizados para estimar o risco de DCV, incluindo o Escore de Risco de Framingham (ERF), o Escore de Risco de Reynolds (ERR), O Escore de Risco Global (ERG) e o escore de risco pelo Tempo de Vida (RTV). No entanto, o ERF tornou-se uma ferramenta amplamente utilizada, uma vez que este escore torna possível fazer a estratificação de risco através de variáveis simples (sexo, idade, pressão arterial sistólica, tratamento para hipertensão, colesterol total e de lipoproteína de alta densidade, informações sobre tabagismo e presença de Diabetes Mellitus) que de acordo com os estudos analisados é possível identificar a probabilidade de um indivíduo de desenvolver uma DCV nos próximos 10 anos, enquanto os outros escores necessitam de variáveis mais robustas. Conclusão. Dentre os escores de risco supracitados, o ERF é o mais utilizado em pesquisas e na prática clínica, não só para avaliar o risco em mulheres grávidas, mas também em outras populações.

Palavras Chave

Risco Cardiovascular; Gestantes; Doenças Cardiovasculares

Área

CARDIOLOGIA DA MULHER

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

THAYLLA PEREIRA DOS SANTOS, SABRINA DE ALMEIDA SILVA, FERNANDA LUCIANO RODRIGUES