Dados do Trabalho


Título

INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NA REGIÃO NORTE: UM ESTUDO DE SÉRIE TEMPORAL

Resumo

Introdução: Com o aumento da sobrevida dos pacientes com cardiomiopatias e a senescência populacional, a prevalência da insuficiência cardíaca está aumentando globalmente. Dessa forma, é interessante considerar os dados de internação para a formação de um panorama que considere inclusive o cenário pós-pandêmico para essa doença no Norte brasileiro. Objetivo: Avaliar a tendência da taxa de internações por insuficiência cardíaca no Norte do Brasil entre 2016 e 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional ecológico de série temporal com abordagem quantitativa, mediante dados secundários da plataforma do Sistema de Informações Hospitalares do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, além de estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para a análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva, além de estatística inferencial, com o uso da regressão linear segmentada (Joinpoint regression 5.0). Resultados: Ao todo, foram registradas 87.944 internações por insuficiência cardíaca (IC) no Norte. Destaca-se uma queda de 20,7% entre 2019 e 2020 em se tratando do número de internações, passando de 11.078 para 8.793, cenário possivelmente influenciado pelo advento da pandemia pelo aumento da subnotificação. Em relação às taxas de internação a cada 10000 habitantes, houve duas tendências: a primeira foi estacionária de 2016 a 2021, com variação percentual anual (APC) de -3,46% (IC 95%: -17,6; 4,03), seguida por uma tendência crescente (APC = 19,65%; IC 95%: 1,03; 38,70). Segundo as taxas modeladas por regressão linear, 2023 foi o ano com maior taxa (7,54 internações por 10000 hab), enquanto 2021 apresentou o menor valor (5,27). Discussão: Há um cenário preocupante pela tendência crescente dos últimos anos nas taxas de internação por IC no Norte, o que é agravado, conforme a literatura, pela tendência crescente na taxa de mortalidade por essa causa entre 1998 e 2019. Conclusão: Dessa forma, apesar do comportamento sem variações significativas estatisticamente de 2016 a 2021, o aumento do número de internações para o Norte após esses anos sedimenta a necessidade de políticas públicas, objetivando o declínio da morbidade com ações mais efetivas no futuro. Ademais, estratégias que averiguem os dados e diminuam a subnotificação são necessários em um contexto de taxas de internação e óbitos crescentes no Norte.

Palavras Chave

insuficiência cardíaca; morbidade hospitalar; Saúde Pública

Arquivos

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

MATEUS DA SILVA AGUIAR, ALBE DIAS BATISTA, ALAN FELIPE SOUZA RIBEIRO, EMERSON PELLIN, LUCCA BLANCO, LEONORA RAMLOW LEODORO DA SILVA, GABRIEL DE ANDRADE BEZERRA, MATHEUS GLÓRIA LOPES, FRANCISCO CELSON SOUSA DE SALES FILHO, JOHNNATA SILVA DOS SANTOS, THIAGO SOARES MARTINS, DANIEL LOPES ARAÚJO