Dados do Trabalho
Título
Resultados e complicações após a Correção Cirúrgica da Tetralogia de Fallot a Longo-Prazo
Resumo
Introdução: A Tetralogia de Fallot (Tof) é uma cardiopatia congênita, ocorre no desenvolvimento fetal, afetando circulação e oxigenação. Nela sucedem 4 alterações anatômico-funcionais: defeito no septo interventricular, desvio da aorta para a direita, estenose pulmonar e a hipertrofia ventricular direita. A consequência é a mistura do sangue venoso com o arterial, sendo ideal tratar a anomalia. Objetivos: Compreender os resultados a longo prazo em pacientes que fizeram a correção da ToF. Metodologia: Esta é uma revisão sistemática de literatura com recomendação PRISMA. As bases de dados foram PubMed, e o portal CAPES, com a busca por “resultado” “tetralogia de fallot” e “longo-prazo”. O filtro aplicado foi de artigos nos últimos 10 anos, por incluir análises de consequências, eficácia e prognóstico atuais. Os critérios PICO são: pacientes com ToF, intervenção cirúrgica, comparação, pacientes operados e prognóstico. Foram encontrados 30 artigos, 21 no pubmed e 9 artigos no portal CAPES. Em seguida, 4 artigos repetidos foram excluídos e após seleção por relevância, restaram 10 artigos. Resultados: Há evidências de baixo risco de morte tardia após correção cirúrgica da ToF, a longo termo. No entanto, artigos mostram diferentes resultados a longo prazo, como necessidade de substituição da válvula pulmonar (PVR), taquicardias e dilatações. A PVR ocorre devido à regurgitação valvar progressiva (PR), disfunção ventricular direita (VD) e diminuição da complacência, mas, há técnicas cirúrgicas de reparo que preservam a valva e seu anel. No reparo de ToF com preservação do anel pulmonar, aponta-se bom prognóstico e taxa de ausência de reoperação, porém, aumentou-se a incidência de contração ventricular prematura monofocal isolada. Já na correção total da ToF, existe alta necessidade de reintervenções. Estudo com 109 pacientes, 83% dos pacientes com quadro de PR, logo, deduz-se que a PR é uma consequência regular e é indicação de reoperação. A taquicardia supraventricular e ventricular são complicações comuns no reparo ToF, devido ao aumento na área atrial direita. Ademais, a dilatação do VD está associada à PR e a sobrecarga crônica devido à insuficiência da válvula pulmonar. Conclusão: A cirurgia para ToF é uma intervenção paliativa de sucesso, já que resultados sem cirurgia são péssimos, assim, desenvolve-se complicações mais tardias, sendo ambas as técnicas abordadas efetivas, com diferentes prognósticos e recomendações.
Palavras Chave
Cardiopatia Congênita; cirurgia cardíaca; Tetralogia de Fallot
Área
CIRURGIA CARDIOVASCULAR
Categoria
Iniciação Científica
Autores
KAREN ARAUJO MORAIS, GABRIELA ARAUJO MORAIS, JULIA CAPUTO AMORIM, LUCA CANDIDO ALSINA