Dados do Trabalho
Título
A ANÁLISE DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES, CUSTOS HOSPITALARES, MÉDIA DE PERMANÊNCIA E MORTALIDADE POR TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO E ARRITMIAS CARDÍACAS NAS REGIÕES BRASILEIRAS ENTRE 2021-2023
Resumo
Introdução: As arritmias cardíacas, são anormalidades nos sistemas de condução ou na contratilidade miocárdica, caracterizadas em casos de <60 batimentos por minuto ou >100 batimentos por minuto. Essa patologia pode acometer de 1 a cada 4 pessoas durante a vida, além de ser responsável pela morte de 300.000 brasileiros todos os anos, sendo a Fibrilação Atrial a mais comum. Objetivos: Analisar as internações e custos hospitalares, média de permanência e taxa de mortalidade dos transtornos de condução e arritmias cardíacas nas regiões brasileiras entre 2021-2023. Metodologia: Foi realizado um estudo ecológico retrospectivo, que utilizou o Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) como fonte de dados. Em relação às informações, foram avaliados os seguintes dados: número de internações, custos hospitalares, média de permanência hospitalar e mortalidade por arritmias nos anos de 2021-2023. No que se refere a análise dos dados, foram utilizadas as métricas de frequência absoluta e relativa. Resultados: Entre os anos de 2021-2023, verificou-se que o número de internações por arritmias cardíacas foi de 205.196 pacientes, totalizando um custo de R$ 777.451.738,97 para os cofres públicos, sendo a região Sudeste a que mais possuiu internações (47,7%) e custos hospitalares (46,9%). Além disso, com exceção da região Centro-oeste, o número de internações cresceu de maneira gradativa em todas as demais regiões, e o aumento total de 2021 para 2023 foi de 15.660 (25,9%). No que se refere a média de permanência, a região Nordeste liderou com maior média de 5,9 dias de internação, e a menor média de internação foi da região Centro-oeste com 3,7 dias de internação. Assim, nessa métrica analisada, a média de permanência de todas as regiões brasileiras aumentou de 4,4 dias para 5,1 dias. Em relação a taxa de mortalidade, a região Centro-oeste emerge como um destaque negativo, devido a sua alta taxa de 27,34%, sendo o dobro da média de taxa de mortalidade das demais regiões em conjunto com 13,53%. Dessa maneira, essas métricas são imprescindíveis para adotar medidas preventivas, especialmente, nas regiões mais afetadas para reduzir as internações, custos hospitalares, as médias de permanência e, principalmente, a taxa de mortalidade. Conclusão: É possível visualizar que as arritmias cardíacas e transtornos de condução representam quantidades significativas de internações, média de permanência e taxa de mortalidade, elevando os custos financeiros públicos, sobretudo na região Sudeste do país.
Palavras Chave
Epidemiologia; Hospitalização
Arquivos
Área
EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL
Categoria
Iniciação Científica
Autores
RICARDO FONSECA OLIVEIRA SURUAGY MOTTA, LAILA LEITE PACHECO VIEIRA, RODRIGO FON ALVES, MARIA EDUARDA DA SILVA VALENÇA MILONES, LUIZ CARLOS FONSECA DE AZEVEDO OLIVEIRA, ARTHUR TAVARES FERREIRA BARROS, WEDSON SILVEIRA SANTOS, CATARINA CAVALCANTI DE VASCONCELOS, MORGANA FON ALVES