Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE RECÉM NASCIDOS INTERNADOS POR MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO DE 2013 A 2022.

Resumo

Introdução: As malformações congênitas do aparelho circulatório, incluindo anomalias simples até cardiopatias complexas afetam muitos recém-nascidos no Brasil. Essas condições podem impactar a qualidade de vida dos pacientes e por isso demandam intervenções médicas especializadas, representando um desafio para os profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das internações por malformações congênitas do aparelho circulatório em pacientes com até 1 ano no Brasil, no período de 2013 a 2022. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo, a partir de dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) referentes às malformações do aparelho circulatório em pacientes com até 1 ano no Brasil entre 2013 e 2022. As variáveis analisadas foram: região, estados, sexo e cor/raça. Resultados: No Brasil, entre os anos de 2013 a 2022, 75.089 indivíduos nasceram com malformações congênitas do aparelho circulatório. Foi observado que houve um aumento do número de malformações registradas ao longo dos anos, tendo um crescimento em cerca de 50% entre 2013 a 2022, com o ápice ocorrendo em 2022, havendo 9.132 casos (12,1%). Na distribuição por região, foi constatado que o Sudeste compreende 43,6% dos casos, ao passo que a região Centro-Oeste compreende apenas 7%. Quanto aos estados, os maiores registros de malformação foram em São Paulo, com 25% e Minas Gerais, com 12%, enquanto que o menor foi o Amapá, com somente 0,1%. Sobre o sexo dos indivíduos, nota-se um equilíbrio entre masculino e feminino sendo 52,3% e 47,7% casos, respectivamente. Em relação à cor/raça, a maioria dos casos foram em indivíduos brancos e pardos, totalizando 66,6% dos registros para esse grupo. Conclusão: Diante do exposto, nota-se um aumento preocupante de malformações congênitas do sistema circulatório em recém-nascidos, especialmente em 2022, com maior incidência no Sudeste e Nordeste do Brasil. Estados como São Paulo e Minas Gerais têm uma incidência significativa dessas anomalias. Embora a distribuição por sexo seja equilibrada, há uma predominância entre indivíduos brancos e pardos, destacando a importância de compreender os determinantes sociais. Esses resultados enfatizam a necessidade de políticas de saúde mais eficazes e estratégias preventivas desde o período neonatal para melhorar os resultados clínicos e a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras Chave

Malformação congênita; Epidemiologia; Circulação sanguínea

Área

CARDIOLOGIA CONGÊNITA E PEDIÁTRICA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

RODRIGO ORMANES MASSOUD, ALAN CÉZAR CAMPOS SALAME SILVA, LOUISE SANTOS ABDULMASSIH, KALLAIHO KEVIN DANTAS NAIMAYER, JENIFER DE MOURA PEIXOTO, MARINA ALICE VIDONHO DIAS FERREIRA, GIOVANNA OLIVEIRA GUERRA, GIOVANNA FONTELLES BARBALHO GUEIROS, VITÓRIA SÁ MOREIRA, ANA CLARA MIRANDA FURTADO, LEONAN SILVA DA SILVA, RICARDO ORMANES MASSOUD