Dados do Trabalho


Título

Parada cardiorrespiratória após infarto agudo do miocárdio em Ectasia de coronária como etiologia de MINOCA no paciente oncológico. Relato de caso

Resumo

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) sem lesões obstrutivas (MINOCA) representa em média 6% das causas de infarto. Os pacientes tendem a ser mulheres com menos de 55 anos, negras, hispânicas. Causas comuns de MINOCA são espasmo coronário, dissecção coronária, Takotsubo, disfunção microvascular, miocardite e embolismo. Desta forma, trazemos um caso clínico de um idoso com antecedente de 3 IAM prévios, sem sinais de obstrução coronariana durante cineangiocoronariografias que evoluiu com parada cardiovascular no 4º dia de pós-operatório de uma prostatectomia robótica. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 72 anos, pardo, hipertenso, diabético, hipotireoideo, dislipidêmico, portador de Marca-passo implantado após bloqueio atrio-ventricular total, doente renal policístico crônico não dialítico, com história pregressa de 3 IAM sem necessidade de angioplastia, 2 acidentes vasculares isquêmicos sem sequelas e nefrectomia esquerda por tumor oncocítico renal. Admitido devido hipertrofia prostática benigna, sem queixas cardiovasculares recentes. Realizado prostatectomia robótica sem intercorrências intra-operatórias, porém no 4º dia pós operatório, paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória (PCR) em fibrilação ventricular, sendo realizado ressuscitação cardiopulmonar por 18 minutos com administração de 2 desfibrilações elétricas. O ecocardiograma transtorácico após PCR manteve alterações segmentares prévias de hipocinesia do segmento médio da parede anterosseptal, apical da parede septal e segmento basal da parede inferior, evoluindo para hipocinesia difusa nos dias seguintes; eletrocardiograma de repouso com ritmo de MP, área eletricamente inativa em parede lateral alta e região septal (Fig.1). Tentativa de investigação invasiva com cineangiocoronariografia sem sucesso devido à episódios de sangramentos importantes após início de antiagregação. Evidenciado fluxo coronariano lento e ectasia discreta de artéria coronária direita proximal e média em cateterismos prévios. Realizado angiotomografia de coronárias com escore de cálcio de 0 e confirmado ectasia com calibre máximo de 1,2 cm (Fig. 2). Conclusão: Neste caso provavelmene a disfunção microvascular foi estimulada pelo estado inflamatório do pós-operatório resultando em desfecho de parada cardiovascular por infarto agudo do miocárdio sem lesão obstrutiva. Visto que não é possível descartar a possibilidade de tromboembolismo coronariano é indicado o uso de anticoagulação oral.

Palavras Chave

Ectasia coronária; Infarto do Miocárdio; Parada Cardiorrespiratória

Arquivos

Área

CARDIO-ONCOLOGIA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

ANA BEATRIZ NEPOMUCENO CUNHA, TARSO AUGUSTO DUENHAS ACCORSI, ANA LAURA QUINTAS THIMOTEO, HELENA SADER AZEVEDO, GIOVANNA CARDOSO DE MORAES, ARAM GONÇALVES MORDJIKIAN, JOSE ROQUE DE OLIVEIRA LEITE NETO, LARA DO NORTE GARCIA, ALI IBRAHIM YASSANI, BERNARDO MAY GOMEL, EDIELLE DE SANT'ANNA MELO