Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E PREDITORES DE MORTALIDADE EM PACIENTES CARDIOCRÍTICOS DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CARDIOLÓGICA DO HOSPITAL NAVAL MARCÍLIO DIAS

Resumo

Introdução: A medicina intensiva tem experimentado avanços significativos nas últimas décadas, particularmente na área cardiointensiva. Atualmente, as doenças cardiovasculares são uma das principais razões de internação hospitalar no Brasil, afetando principalmente a população idosa.
Objetivos: Mapear os aspectos epidemiológicos da unidade de terapia intensiva cardiológica com objetivo de fomentar o conhecimento desta população, bem como de suas particularidades.
Métodos: Estudo de coorte retrospectiva a partir de informações do banco de dados administrativo (Epimed Monitor), entre outubro de 2022 e outubro de 2023. Foi incluída toda a população admitida na UTI no período do estudo. As variáveis estudadas foram idade, gênero, motivo da internação, escore SimplifiedAcute Physiology Score 3 (SAPS3), uso de aminasvasoativas, necessidade de ventilação mecânica invasiva (VMI), tempo de ventilação mecânica, tempo de internação e evolução na UTI (alta, transferência ou óbito).
Resultados: Foram incluídos 630 pacientes no período de estudo, sendo 58,5% do sexo masculino (n=362). A maioria dos pacientes eram idosos, a média de idade foi de 67 anos. Desses pacientes internados 90,95% (n=573) possuíam comorbidades. O fluxo de pacientes proveniente da emergência corresponde a maior parte (n=261), seguida pela sala de hemodinâmica (n= 169). Os principais motivos de internação foram Infarto miocárdico sem supra de ST (n=94) 15,21%, Cineangiocoronariografia com implante de stent (n=81) 13,11%. Durante a internação na UTI cardiológica, 15,75% (n=98) dos pacientes necessitaram utilizar aminas vasoativas, 2,1% (n=13) suporte renal, 9,25% (n=57) ventilação não invasiva (VNI) 6,39% (n=40) ventilação mecânica invasiva (VMI). O tempo médio em dias de VMI foi de 9 dias. Em relação da taxa de utilização de cateter vesical foi de 38,46% e de cateter venoso central foi de 37,62%. A média do escore SAPS3 foi 38,89 ±10,56 e tempo de internação na UTI foi de (2,81±3,71 dias, p=0,03). A mortalidade na unidade foi de 6,83% (n=43). Em comparação aos pacientes sobreviventes, o grupo de pacientes não sobreviventes apresentou maiores escores SAPS3 (63,97± 8,12 versus 27± 4,58, p=0,00).
Conclusão: Esses resultados contribuem para uma melhor compreensão dos fatores que influenciam a mortalidade em pacientes cardiocríticos e têm implicações importantes na gestão e assistência a esses pacientes em UTI.

Palavras Chave

Epidemiologia; Unidade de Terapia Intensiva; Fatores de risco Cardiovasculares

Arquivos

Área

CARDIOINTENSIVISMO / EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

GABRIELA SIQUEIRA SOUZA, PEDRO HENRIQUE RODRIGUES DE OLIVEIRA GONÇALVES, RONALDO ALTENBURG GISMONDI, GABRIEL CHEHAB CARVALHO MELO, JAIME LOBO FIGUEREDO, JAMILA COSTA RIBEIRO, LUCIANO FERNANDES BRASILEIRO, ROSA REGINA SANNUTI PAIS