Dados do Trabalho


Título

EVOLUÇÃO DE PACIENTES COM BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR SECUNDÁRIO A INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO DISTRITO FEDERAL

Resumo

Introdução: O bloqueio atrioventricular (BAV) ocorre entre 6% e 14% dos pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM), e é preditor de maior risco de óbito intra-hospitalar. Pacientes com IAM inferior são consideravelmente mais propensos ao desenvolvimento de BAV e têm risco duas a quatro vezes maior de BAV em comparação com pacientes com localização anterior do IAM. Objetivo: Avaliar a evolução de pacientes com BAV secundário a IAM com e sem supra desnivelamento do segmento ST em um Hospital Terciário do Distrito Federal e correlacionar a existência de fatores preditores para implante de DCEI (Dispositivo Eletrônico Implantável). Materiais e Métodos: estudo observacional, analítico, com delineamento longitudinal e coleta retrospectiva de dados dos prontuários eletrônicos dos pacientes com diagnóstico de BAV novo, de segundo ou terceiro grau, secundário a infarto agudo do miocárdio, durante o período de abril de 2021 a junho de 2022. Resultados: os pacientes com diagnóstico de BAV novo, de segundo ou terceiro grau, secundário a infarto agudo do miocárdio apresentaram as seguintes características: predominância no sexo masculino (64,29%), com média de idade de 66,82 anos, com IAM com supra de ST de parede inferior (82%), ritmo de base: sinusal (81,48%), condução atrioventricular: BAVT(85,71%), estratégia de reperfusão: ATC(81,48%), que necessitaram de marcapasso provisório(85,71%), indicação do DCEI (66,67%). A maioria dos pacientes não teve complicações ao longo da internação e o desfecho predominante foi a alta hospitalar (92,86%). Pacientes com indicação de DCEI definitivo apresentaram mais estratégia de reperfusão ATC e porção da artéria culpada acometida proximal. Além disso, estes pacientes tiveram mais tempo de uso de marcapasso provisório do que os demais pacientes. O tempo de uso do marcapasso provisório foi significativamente correlacionado ao aumento do tempo para reversão do BAV, à quantidade de dias após IAM que foi indicado o DCEI e ao tempo para implante . Conclusão: A rápida identificação dos pacientes com bloqueio atrioventricular secundário a infarto agudo do miocárdio gera um benefício no manejo destes pacientes, evitando maiores complicações e garantindo uma melhor qualidade de vida e maior taxa de sobrevivência.

Palavras Chave

infarto; Bloqueio atrioventricular; Marcapasso

Arquivos

Área

ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

ALBA ALMEIDA GODOY, RAONI CASTRO GALVÃO, PATRCIA BANDEIRA RUEDA