Dados do Trabalho


Título

PANORAMA EPIDEMIOLOGICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO NORDESTE BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2013 A 2023

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo sendo a doença arterial coronariana a afecção de maior incidência entre elas. Fatores como aumento da expectativa de vida associado a diminuição das doenças transmissíveis estão intimamente ligados com o crescimento da incidência das doenças cardiovasculares. Frente a isso, o Infarto agudo do miocárdio (IAM) pode ser definido como uma afecção isquêmica abrupta devido um desequilíbrio entre oferta e demanda de nutrientes ao tecido, consequente à obstrução do fluxo coronariano, podendo ser transitória ou permanente. Além da morte, pode deixar sequelas no individuo, gerando repercussões físicas, psicológicas e sociais. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico relacionados ao IAM no nordeste brasileiro. Método: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, utilizando dados do Sistema de Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas foram internações por IAM, sexo, faixa etária e cor/ raça. Resultados: Os maiores registros por Estados do nordeste demonstraram que a faixa etária que teve maior número de internações entre 60 a 69 anos 29% (67.497 de 234.102), visto que no Estado da Bahia obteve a maior concentração de internações nessa faixa etária totalizando 6% (20.630 de 234.102). O sexo masculino apresentou 60% (140.973 de 234.858) dos casos e o sexo feminino 40% (93.885), o Estado da Bahia se manteve com maiores internações sendo 6% (43.035) masculinos e 7% (29.586) internações femininas. Em relação à cor/raça, a parda teve 49% (114.750) internações, mais prevalente na Bahia com 11% (41.402) acometidos com IAM que se consideram pardos. No Brasil a prevalência por idade mais acometida por IAM é de 60 a 69 anos (366.062 de 1.198.565) e a população masculina apresentou 763.860 internações e a feminina 389.932. Em relação à cor/raça a branca 483.442 apresentou mais internações. Conclusão: Conclui-se pelos dados apresentados que a região nordeste segue ao perfil da doença no Brasil, mudando apenas a raça/ cor pois no geral na região nordeste a população se autodeclara parda. Dessa forma, se deve refletir sobre a associação de hábitos alimentares, sedentarismo e fatores genéticos, podendo levar a um maior desenvolvimento da doença que precisam ser mais bem abordados com a população dentro das atividades da Atenção Básica de Saúde.

Palavras Chave

atenção primária à saúde; Infarto do Miocárdio; Perfil Epidemiológico

Área

ATEROSCLEROSE / FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES / PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

ADRIANA SANCHES FLORES, PAULO VINICIUS SIQUEIRA SANTOS, ADILSON LIMA DOS SANTOS JÚNIOR, HUGO DANIEL BEZERRA DE ALBUQUERQUE LINS, FERNANDO SOUTO NETO