Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO DO TRATAMENTO DE ARRITMIAS ENTRE AS REGIÕES DO BRASIL ENTRE JANEIRO DE 2019 A DEZEMBRO DE 2023

Resumo

Introdução: As arritmias cardíacas são anormalidades na condução elétrica ou impulso elétrico. Desse modo, o coração não se contrai de maneira rítmica, manifestando-se em duas formas: bradiarritmia e taquiarritmia. Pode se originar nos átrios ou ventrículos, sendo a fibrilação atrial a mais frequente. Os sintomas incluem palpitações, síncope e dor precordial, sendo preditores recorrentes que prejudicam a qualidade de vida, e assim torna relevante a prevenção da patologia. Objetivo: Caracterizar o tratamento de arritmias nas regiões do Brasil, entre os meses de janeiro de 2019 e dezembro de 2023. Métodos: Estudo ecológico, de série temporal e descritivo, referente ao tratamento de arritmias nas regiões do Brasil no período de 2019 a 2023. Os dados foram coletados por meio do SIH/DATASUS. As variáveis avaliadas foram: número de internações e óbitos, média de permanência, custo por internação, caráter de atendimento e taxa de mortalidade. Resultados: No período de estudo, foram registradas 154.965 internações por arritmias no Brasil, com média anual de 29.993±4.691, sendo 147.320 (95%) sob urgência e 7.642 (4,9%) de caráter eletivo. A região Sudeste foi a mais acometida (N=79.486), com 51% dos procedimentos, em contraste com a região Norte (N=6.070), responsável por apenas 3,9%. A média de permanência, entre as regiões, foi de 6 dias, na qual somente a região Centro-Oeste mostrou redução de 2019 para 2023, com as demais regiões mostrando variações, tendo o Sul um aumento de 8,2%, passando de 4,5 dias para 4,9 dias. Quanto aos custos do tratamento, o valor médio por internação foi de R$1.103,55, sendo o menor em 2019 (R$877,58) e o maior em 2023 (R$1.362,99), um crescimento de 35,62%. Por fim, ocorreram 9.993 óbitos no período, representando 6,44% do total de internações, com predomínio na região Sudeste (N=5.199/52%), sendo o Nordeste detentor da maior taxa de mortalidade (8,40%), acima da média nacional de 6,45%. Conclusão: Verifica-se que houve um crescimento de internações para tratamentos de arritmias, sobretudo de caráter emergencial na maioria das regiões brasileiras, com aumento do custo em cinco anos. Ademais, constatou-se que mesmo o Sudeste possuindo maior número de internações, o Nordeste apresentou maior taxa de mortalidade, podendo estar relacionado à menor disponibilidade de recursos hospitalares e de tratamentos. Assim, entende-se que é necessário aprimorar a assistência em nível primário à saúde, além de priorizar o diagnóstico oportuno.

Palavras Chave

Arritmia; Tratamento; Epidemiologia.

Área

ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

VINÍCIUS SILVA LARA, ALANA MESSIAS MARTINS, BEATRIZ DA CUNHA ALEXANDRE, CAUÃ LEAL DO ESPÍRITO SANTO, IRIS CARVALHO REGO, JULIANA DE SOUSA TAVARES, JULIANE CORREA E CORREA, MARIA LUIZA ZAMBELY SANTANA LIMA, DANGILLA RIBEIRO DOS SANTOS, GABRIEL CANTO BANDEIRA DE SOUSA, LUCAS QUARESMA MARTINS, DANILLO MONTEIRO PORFÍRIO