Dados do Trabalho
Título
ABORDAGENS CIRÚRGICAS PARA TRATAMENTO DE ESTENOSES CAROTÍDEAS: ENDARTERECTOMIA VERSUS ANGIOPLASTIA COM STENT
Resumo
Introdução: A estenose carotídea (EC) é um estreitamento da luz da artéria carótida, principalmente causada pela aterosclerose, que provoca turbilhonamento do fluxo sanguíneo podendo levar a diversos desfechos desfavoráveis. O tratamento é composto por estratégias clínicas e cirúrgicas, sendo que esta última, pode ser feita por endarterectomia de carótida (CEA) ou por angioplastia com stent de carótidas (CAS). O tratamento clínico otimizado é fundamental. No entanto, o tratamento cirúrgico através da CEA permanece como o tratamento de primeira linha para pacientes sintomáticos com estenoses entre 50% e 99% e para pacientes assintomáticos com estenose entre 70% e 99%. A CAS é reservada para pacientes sintomáticos com estenose de 50% a 99% e com risco elevado para cirurgia aberta, por motivos anatômicos ou clínicos. Objetivos: O presente trabalho estudou a prevalência das técnicas cirúrgica e endovascular para tratamento de estenoses carotídeas no Estado de Goiás nos últimos cinco anos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica realizada por meio da coleta de dados através do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, produção Hospitalar - Tabnet, no período entre 2019 a 2023, comparando a taxa de mortalidade entre as técnicas cirúrgicas CEA e CAS. Resultados: Durante os anos de 2019 a 2023 foram realizadas 636 intervenções para tratamento da doença arterial obstrutiva periférica de carótidas em Goiás, conforme a tabela 1. Houve um predomínio no tratamento endovascular, sendo a CAS o procedimento realizado em 55,8% dos pacientes (355), dado este que diverge da literatura tendo em vista as limitações para indicação dos procedimentos por técnica endovascular. Houve 4 óbitos, 1,126% do número de angioplastias realizadas, e 7 óbitos, 2,49% do número de CEA, feitas neste intervalo de tempo. Não há dados no que tange às comorbidades, aos graus de estenose, às características das placas carotídeas e a escolha dos materiais e técnicas utilizados para a realização dos procedimentos. Conclusão: Em Goiás houve um predomínio na realização de CAS sobre as CEA e a taxa de mortalidade relacionada à CEA foi maior que a da CAS. No entanto, não encontrou-se dados suficientes para analisar os motivos deste desfecho. Um estudo multicêntrico, prospectivo, deve ser realizado, considerando o perfil dos pacientes, técnica utilizada intra procedimento e os desfechos dos pacientes para uma melhor avaliação.
Palavras Chave
Estenose de carótidas; endarterectomia de carótidas; angioplastia com balão e stent.
Arquivos
Área
ATEROSCLEROSE / FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES / PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR
Categoria
Jovem Pesquisador
Autores
KADICHARI FERREIRA MOESSA, PEDRO LUCAS MENDES SILVA, ANA CAROLINA SILVA BUSSE, PEDRO AUGUSTO PORTELA MOURA SOUZA, BRUNNA LEONEL MACHADO, CAROLINE KAZUE MATIDA