Dados do Trabalho


Título

Valve in valve mitral em paciente com prótese "fantasma" pela escopia

Resumo

Introdução: A troca valvar mitral transcateter (TVMT) apresenta-se como uma nova opção terapêutica para o tratamento de próteses cirúrgicas degeneradas em pacientes com alto risco cirúrgico. É crescente o número de procedimentos valve-in-valve mitral ao longo dos últimos anos. O presente caso relata um caso desafiador com esse procedimento em uma paciente de alto risco cirúrgico para re-troca valvar e prótese "invisível" a escopia. Relato de caso: E.A.S., 67 anos, sexo feminino, troca valvar mitral (prótese biológica – sem descrição) há 11 anos, HAS, FAl Permanente em anticoagulação oral; Distrofia Muscular (doença degenerativa) e Hipotireoidismo. Dispnéia progressiva em 06 meses – NYHA classe IV (Dezembro 2023); ECOTE) 3D: FEVE 60%; Átrio esquerdo com aumento importante (89mm²); Prótese biológica em posição mitral espessada, com aspecto degenerativo e consequente imobilidade de dois folhetos, com estenose importante (gradientes de pico 25mmHg e médio 12mmHg – área estimada de 0,88cm²); Presença de forame oval patente com discreto shunt paradoxal. Angio TMC evidenciando coronárias sem lesões obstrutivas, área mitral de 69mm2, perímetro de 94,7mm, Nova via de saída do VE (Neo LVOT) de 391mm2 e acessos favoráveis com EUROSCORE II: 8%. Dessa forma o "Heart Team" optou pela TVMT com Prótese Balão Expansível MYVAL 29mm via femoral por punção trans septal. Procedimento foi realizado sob anestesia geral e devido ao tamanho do átrio esquerdo, necessário uma punção menos baixa que a desejada com a necessidade da técnica de Buddy Wire para ideal posicionamento, com rapid paccing via corda guia, sem intercorrências tendo alta hospitalar em 72h, assintomática CF1-2 e eco controle com gradiente diastólico de 4mmHg. Discussão: O primeiro implante transcateter em cenário de ViV mitral, no tratamento de prótese valvar mitral degenerada, foi publicado em 2009, pelo grupo de Vancouver, seguido de uma série de publicações confirmando sua viabilidade. Os procedimentos ViV exibem uma taxa de sucesso técnico e do dispositivo de 94,4% e 84,8%, respectivamente, além de apenas 6,2% e 14% de mortalidade em 30 dias e ao final do seguimento de 1 ano, demonstrando que ViV mitral é uma alternativa viável para próteses degeneradas em pacientes de alto risco cirúrgico. Conclusão: As vantagens e as desvantagens desse procedimento devem ser discutidas caso a caso, e novos dados de literatura, bem como o aprimoramento técnico, são necessários para sua maior incorporação na prática clínica

Palavras Chave

Troca valvar mitral transcateter (TVMT); Prótese

Área

CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Categoria

Pesquisador

Autores

FREDERICO LOPES DE OLIVEIRA, AUGUSTO PIPOLO, ARTHUR PIPOLO, FLAVIO DE OLIVEIRA BORGES, ALLEX CAVALLINI MACCORIN, PAULO WENER BICALHO NEGRI, ELISA BARROSO FRATTINI RAMOS, LIZZI NALDI RUIZ, UDELSON ALVES GEMHA