Dados do Trabalho

Título

EXERCICIOS DE RESISTÊNCIA E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM PESSOAS IDOSAS: REVISÃO SITEMÁTICA DE LITERATURA

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade no mundo, e acometem em sua maioria a população idosa. Representam uma ameaça à vida, elevando o risco de mortalidade e também o de morbidade, sendo associada a maior incapacidade funcional. Contribui, ainda, para a elevação dos custos médicos, eventos adversos como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e redução na qualidade de vida. Os programas de exercícios físicos podem configurar uma importante estratégia na prevenção e tratamento das DCV, especialmente os exercícios de resistência (ER) direcionados para o fortalecimento muscular (FM). Objetivo: Investigar o impacto dos exercícios de FM nos fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos. Métodos: Revisão sistemática de literatura conforme os critérios PRISMA utilizando as bases de dados PubMed, BVS e Scielo, com os descritores "Resistance Training", “Strength Training”, “Resistance Exercise”, "Heart Diseases", "Cardiovascular Diseases", "Aged", “Elderly”, os termos booleanos “AND” e “OR” e os filtros: idade maior ou igual a 65 anos, idiomas inglês e português , publicação Jan/2019 a Mar/2024. Após triagem utilizando a plataforma Zotero, foram excluídos os artigos que não preencheram os critérios de inclusão, os duplicados, aqueles que não abordavam a temática proposta e não originais. Resultados: Foram encontrados 72 artigos , sendo que 19 foram selecionados após a triagem. A análise dos estudos indicou que o ER na população idosa com cardiopatias promoveu uma redução na pressão arterial de 4 e 8 mmHg na PA sistólica e diastólica, respectivamente. O treinamento resistido contribuiu para diminuição das concentrações de glicose, endotelina, biomarcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. Promoveu melhora da função endotelial vascular, com diminuição da pressão vascular periférica, redução da atividade simpática associada ao aumento da atividade parassimpática. Além disso, demonstrou, também, eficácia na redução da massa gorda e aumento da massa magra, além de aumento da força muscular e da capacidade funcional das pessoas idosas com DCV. Conclusões: Os ER apresentaram-se como medida não-farmacológica relevante para redução de fatores de risco nas DCV. A prescrição deve ser individualizada para cada paciente, considerando o tipo, frequência, intensidade e duração dos exercícios, com o objetivo de incentivar a adesão ao tratamento e melhora do status funcional e da qualidade de vida.

Palavras Chave

Doenças Cardiovasculares; Exercício físico; Saúde do Idoso