Dados do Trabalho
Título
SÍNCOPE POR ASSISTOLIA NA FASE DE RECUPERAÇÃO DE TESTE ERGOMÉTRICO
Resumo
Introdução: A síncope é definida como uma perda transitória de consciência, de curta duração, secundária a hipoperfusão cerebral global, a qual se acompanha de recuperação espontânea. A síncope vasovagal (SVV) é a causa mais comum de síncope, resulta de um reflexo neurocardiogênico, representando um desequilíbrio do controle autonômico, levando a bradicardia (resposta cardioinibitória) e/ou hipotensão (resposta vasodepressora), precedendo a síncope.
Relato de caso: Paciente 53 anos, sexo masculino, sem comorbidades prévias, apresentou dois episódios de síncopes com pródromos tipo: turvação visual e tontura em intervalos de cinco meses após esforço físico acentuado. Refere que após a cessação do esforço físico, os sintomas se manifestaram de forma semelhante desencadeando a síncope com duração aproximada de cinco minutos. Diante deste sintoma o mesmo foi encaminhado para realização de teste ergométrico no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, realizado sob protocolo de Bruce, sendo atingida a frequência cardíaca máxima de 141 bpm e 7,12 METs, assintomático durante o esforço. O comportamento da pressão foi normal e não foram observadas arritmias durante o exame. O teste foi interrompido no início do estágio III por mal estar e exaustão. A partir do primeiro minuto da recuperação, houve piora do mal estar, associado à síncope. O eletrocardiograma evidenciou, pausas sinusais de 5 segundos, seguido de períodos de assistolia, sendo iniciado RCP com retorno progressivo do ritmo e recuperação da consciência, retomando ao ritmo sinusal com PA sistólica mantida em platô de 120 mmHg. Paciente encaminhado para setor da emergência cardiológica, com estabilização clínica sendo realizado ecocardiograma transtorácico sem evidência de disfunção ventricular ou alterações dignas de nota e holter de 24 horas demonstrando ritmo sinusal, sem pausas significativas, com arritmia supraventricular de moderada incidência e arritmia ventricular de baixa incidência, sem correlação clínica. Diante do caso apresentado, o paciente foi submetido ao implante de marcapasso definitivo, sem intercorrências.
Conclusão: Estima-se que a incidência de síncope neuralmente mediada após o TE de rotina seja de 0,3 a 3%. Este processo de síncope após esforço é considerado benigno. No entanto, no caso apresentado temos um paciente com mais de 40 anos ativo com síncope assistólica por parada sinusal mediada neuralmente com necessidade de implante de marcapasso definitivo.
Palavras Chave
Síncope; ergometria; Marcapasso
Arquivos
Área
ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA
Categoria
Pesquisador
Autores
MONIELE TAVARES FERREIRA DA SILVA, AIDA FERNANDA BATISTA ROCHA, AFONSO LUIZ TAVARES DE ALBUQUERQUE, MARIA DE FATIMA MONTEIRO, RENATA AMORIM DE LUCENA, CAIO CORREIA DA SILVA, RITA DE CÁSSIA BARROS LIMA, SIMÃO PEDRO ARAUJO DE MEDEIROS, BIANCA ALICE SOUZA, ESTHEFANY DIAS BARBOSA