Dados do Trabalho


Título

Analise têmporo-espacial da mortalidade por insuficiência cardíaca no estado do Paraná entre 2001 e 2021

Resumo

Introdução: Apesar de todo o progresso farmacológico e assistencial, a Insuficiência Cardíaca (IC) permanece com alta distribuição e mortalidade nos diferentes estados brasileiros. As doenças cardiovasculares ainda compõem aproximadamente 29% da mortalidade geral em nosso estado, sendo 2,8% do total de mortalidade oriundos de insuficiência cardíaca. Objetivo: Analisar a distribuição espacial da mortalidade por insuficiência cardíaca nos municípios do estado do Paraná entre 2001 e 2021. Métodos: Estudo epidemiológico focado na análise espacial no estado do Paraná de 2001 a 2021. Foram utilizados dados de óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para calcular taxas brutas e padronizações de mortalidade por IC. As informações do perfil epidemiológico e frequência de óbitos por insuficiência cardíaca foram compiladas utilizando o software Microsoft Excel. A análise temporal foi realizada pelo programa Joinpoint. As análises espaciais foram realizadas utilizando o programa GeoDa, assim como a criação de mapas temáticos, com valores municipais suavizados pelo método bayesiano empírico local. Resultados: Foram registrados, no período de 2001 e 2021, um total de 40.482 óbitos por IC. Sendo o maior índice de mortalidade observado em mulheres (53,5%) com idade entre 80 anos ou mais (43,2%), de raça branca (81%), viúvos (41,9%) e com 1 a 3 anos de estudo completos (32,8%). Verificou-se através da análise espacial a formação de aglomerados espaciais de altas taxas de mortalidade nas regiões Norte Pioneiro do Paraná e Oeste do Paraná. Os municípios com maior taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes por insuficiência cardíaca foram: São José da Boa Vista (94/100 mil), Bandeirantes (72/100 mil) e Tomazina (66,7/100 mil). Com a análise temporal, verificou-se mortalidade média de 18/100 mil habitantes, sendo que o ano de maior mortalidade foi 2002 (21,7/100 mil habitantes) e o ano de menor mortalidade foi 2019 (13/100 mil habitantes), de modo que no período de 2001 a 2021 houve uma diminuição média anual de 1,86% da mortalidade. Conclusão: Este estudo identificou os municípios do Paraná com alta taxa de mortalidade e os aglomerados espaciais existentes de insuficiência cardíaca, destacando a necessidade de estratégias adaptadas à realidade e particularidades desses locais.

Palavras Chave

Analise temporal; Analise espacial; insuficiência cardíaca

Arquivos

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Pesquisador

Autores

LUIZ FERNANDO KUBRUSLY, LEONARDO MOREIRA DIAS, FERNANDO BERMUDEZ KUBRUSLY, HERMÍNIO HAGGI NETO, LUCAS MATHEUS LEAL, ORLANDO MARCELO MARIANI, LUCAS NAOKI MIYAWAKI, HELENA DOS SANTOS REIS, JOÃO LUCCHESE PIOVESAN