Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MULHERES NO BRASIL, ENTRE OS ANOS 2019 E 2024.
Resumo
Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma doença crônica que pode ser definida basicamente como a morte de cardiomiócitos devido uma isquemia prolongada que, em geral, é causada por trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa aterosclerótica. Essa condição causa altas taxas de morbimortalidade no país, com crescente impacto nas mulheres. Dessa forma, mudanças nos hábitos de vida, como cessação do tabagismo e etilismo, são essenciais para prevenir mortes prematuras por IAM, uma vez que esse estilo de vida pode piorar o prognóstico desta patologia. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de mulheres portadoras de IAM no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, utilizando dados do Sistema de Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas para a pesquisa foram internações e óbitos por infarto agudo do miocárdio, analisando por região, faixa etária e raça. Resultados: De fevereiro de 2019 a fevereiro de 2024, em todo o Brasil, foram contabilizados números expressivos de óbitos e internações por IAM. Sobre a faixa etária, o grupo de 70-79 anos apresentou o maior número de casos, totalizando 9217 registros. Nas internações, a faixa etária de 60-69 anos despontou com o maior número de casos, alcançando 82.394 internações. Analisando os óbitos por região, sudeste e nordeste foram as mais afetadas, com 14.255 e 7.307 óbitos, respectivamente, de um total de 29.970 óbitos registrados no período. Quanto à análise por raça, a maioria dos casos ocorreu em mulheres brancas (109.483) e pardas (106.844), seguidas por pretas (12.062), amarelas (3.901) e indígenas (94). Observou-se o maior número de óbitos em brancas (11.748), pardas (11.015), pretas (1.310), amarelas (449) e indígenas (9). Conclusão: Nosso estudo é uma fonte de informação com potencial de atualização nos próximos anos. Ressalta-se possivelmente subnotificações devido à falta de registros específicos no prontuário e subdiagnóstico. Nota-se disparidade nas internações e mortalidade por IAM em mulheres por regiões do país, seguindo o quantitativo de residentes em cada uma. O conhecimento sobre o comportamento epidemiológico dessa população é crítico, sendo essencial direcionar esforços para estabelecer e implementar medidas preventivas, aumentar a conscientização sobre doenças coronárias entre as populações femininas e promover iniciativas de saúde pública para melhorar o cuidado oferecido às pacientes com IAM.
Palavras Chave
Infarto do Miocárdio; Perfil Epidemiológico; Mulheres
Área
CARDIOLOGIA DA MULHER
Categoria
Pesquisador
Autores
LUCAS RAFAEL DE FREITAS LIMA, ELTON ARRUDA COSTA, ALEXSANDRO JULIO RODRIGUES DA SILVA JUNIOR, JORGE LUIZ DUTRA JÚNIOR, WESLEY THYAGO ALVES DA COSTA, MARIA DAS NEVES MESQUITA DUTRA FERNANDES, LYNCOLN EDUARDO ALVES SILVA, RHILLARY CARDOSO JANSEN, JULIANE ALESSA SIMÕES REBELO, GABRIEL NUNES DA SILVA, DAVID JOSÉ OLIVEIRA TOZETTO, JUAN FELIPE CASTILLO SCHRUL