Dados do Trabalho


Título

MORBIMORTALIDADE DE PACIENTES HOSPITALIZADOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO BRASIL: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS

Resumo

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de morte no Brasil e uma das principais causas de afastamento do trabalho. As centenas de casos representam um importante impacto financeiro, deslocando recursos das redes de urgência e do atendimento ambulatorial e hospitalar. A prevalência, letalidade e morbidade desta doença a tornam um alvo essencial para a formulação de políticas públicas que visam oferecer tratamento e prevenção. Dessa forma, o presente estudo visa fornecer um retrato das internações no Brasil por IAM. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da morbimortalidade hospitalar por IAM no Brasil nos últimos 10 anos. Método: Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, com dados provenientes do Sistema de Informações Hospitalares, foram incluídos indivíduos com 50 anos ou mais entre 2014 e 2023 no Brasil e suas regiões. Resultados: No Brasil, entre 2014 e 2023, foi registrado um total de 1.092.361 internações por IAM. As regiões Sudeste (SE) e Nordeste (NE) somam 68% das internações nacionais, em contraste com 4% das hospitalizações na região Norte. A média de internações anuais aumentou progressivamente em todos os anos, acumulando 109.236 de média. As internações são compostas em 36% por indivíduos entre 60 e 69 anos, seguidos por aqueles com 50 a 59 anos (27%). O tempo de permanência na internação também mostrou-se afetado pela faixa etária, de forma que a maior média é 7,8 dias para aqueles entre 70 e 79 anos. Nesse período, as internações por IAM custaram 4,5 bilhões aos cofres públicos. Foram registrados 118.356 óbitos hospitalares por IAM. Em relação à taxa de mortalidade, houve uma diminuição progressiva ao longo do período, com uma média de 10,91%. Entretanto, as taxas de mortalidade aumentaram com a idade, sendo de 23,29% para indivíduos com 80 anos ou mais, 14,08% para aqueles com idades entre 70 e 79 anos e 8,89% entre 60 e 69 anos. Conclusão: Apesar do aumento progressivo no número de internações, a taxa de mortalidade apresentou uma tendência oposta, diminuindo a cada ano. Entretanto, a taxa de mortalidade por faixa etária não apresentou mudanças significativas de tendência. Mesmo com um maior número de internações entre 60 e 69 anos, a mortalidade foi significativamente maior entre aqueles com 80 anos ou mais. Por fim, fica claro como a morbimortalidade relacionada ao IAM ainda é extremamente significativa e representa uma despesa elevada para o sistema de saúde.

Palavras Chave

Epidemiologia; Infarto Agudo do Miocárdio; MORBIMORTALIDADE

Arquivos

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Iniciação Científica

Autores

SOPHIA ASSIS DOS SANTOS, BEATRIZ REGIS DA CUNHA, BEATRIZ RODRIGUES EVANGELISTA BRANDÃO, RENATA GABRIELLA RIBEIRO FERREIRA , RAQUEL TELES DE MEDEIROS, CATARINA FERREIRA COSTA PRAIA, JOSUÉ KALEB MATOS DE ARAGÃO, CAIO RESENDE DA COSTA PAIVA, PEDRO DOS ANJOS FREIXO