Dados do Trabalho


Título

A INFLUÊNCIA DA HIPERTENSÃO PRIMÁRIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS REFERENTE À POPULAÇÃO BRASILEIRA DURANTE O PERÍODO DE 2015 A 2022.

Resumo

INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível, caracterizada por elevação persistente da Pressão Arterial Sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou Pressão Arterial Diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, desde que estas sejam medidas com a técnica adequada e o paciente não esteja em uso de medicações anti-hipertensivas(1). Pode ser classificada em primária, quando idiopática, e em secundária, quando é provocada por um distúrbio orgânico específico. A HAS pode provocar diversas complicações se manejada inadequadamente; dentre elas, as cardiovasculares se destacam, tendo como uma das mais graves o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
OBJETIVO: Este trabalho objetiva avaliar o perfil epidemiológico do número de internações e total de óbitos de indivíduos com IAM associado à Hipertensão Primária (HP) no Brasil durante o período de 2015 a 2022.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo baseado nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™ em relação aos casos de IAM associado à HP no Brasil. As variáveis analisadas foram: ano de processamento, faixa-etária, sexo, cor ou raça e número de óbitos.
RESULTADOS: Entre os 1.400.267 casos encontrados após análise do período avaliado, destaca-se que a faixa etária mais acometida é de 60 a 69 anos de idade, equivalendo (28,36%) à população afetada. Os anos de 2019, 2021 e 2022 foram mais incidentes, com 183.481, 176.984 e 202.421 casos, respectivamente. Ademais, identificou-se que brancos (35,75%) e pacientes do sexo masculino (57,23%) são as variáveis epidemiológicas mais acometidas. Avaliando os casos notificados, notou-se que 108.104 (7,7%) casos evoluíram a óbito(2).
CONCLUSÃO: O Brasil apresenta uma significativa quantidade de casos de IAM relacionados à HAS ao longo dos anos estudados, com pico em 2022. Observou-se que a doença atingiu, predominantemente, o intervalo de 60 a 69 anos de idade, ou seja, incidindo mais entre os idosos, com destaque para a população branca e do sexo masculino. Ademais, concluiu-se que 7,7% dos casos apresentaram evolução a óbito, evidenciando a necessidade de estudos que possam analisar as variáveis socioeconômicas e demográficas em relação a esta taxa para achados mais conclusivos.

Palavras Chave

Infarto Agudo do Miocárdio; Hipertensão Arterial; Perfil Epidemiológico

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Iniciação Científica

Autores

MANOELA LEÃO SERENI MURRIETA, GIOVANNA OLIVEIRA GUERRA, NICOLLE CRESPO GRANDI, THIAGO AUGUSTO CECIM SALES, LUCAS SALES OLIVEIRA, BEATRIZ DA CUNHA ALEXANDRE, MAISA CRISTINA AUZIER QUARESMA, MARINA ALICE VIDONHO DIAS FERREIRA, JOSÉ SILVEIRA DO CARMO, LORENZO GIORDANO DO COUTO, DIEGO COSTA MONTEIRO, LUCAS MOURA VASCONCELOS