Dados do Trabalho


Título

A Publicação da Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher - PNAISM e o Enfoque à Saúde Cardiovascular no Contexto de Gênero.

Resumo

INTRODUÇÃO:
A publicação da Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher (PNAISM) aborda cuidados essenciais à equidade de gênero, de forma indubitável. O enfoque às doenças cardiovasculares (DCV), por outro lado, é escasso diante da relevância clínica desta condição na mortalidade e desfechos clínicos nas mulheres. Há necessidade de Políticas Públicas (PP) com ênfase à promoção e prevenção da saúde da mulher com destaque às DCV.

OBJETIVOS:
Analisar as PP vigentes sobre a temática da saúde cardiovascular da mulher e enfatizar a importância, no âmbito nacional, quanto ao contexto de gênero, do autoempoderamento nas tomadas de decisões e da participação social.

MÉTODOS:
Pesquisa bibliográfica, descritiva, com enfoque na saúde cardiovascular das mulheres. Incluídas: PNAISM; Plano Nacional de Políticas para as Mulheres - PNPM e dados da Biblioteca Virtual em Saúde na esfera epidemiológica e social. Reconhecimento das lacunas para abordagens futuras mais específicas e preventivas para melhorar os desfechos cardiovasculares nas mulheres.

RESULTADOS:
Fontes da Organização Mundial de Saúde, hoje as DCV matam mais as mulheres do que os cânceres ginecológicos. Os males cardiológicos retratam um terço dos óbitos no mundo e, nas mulheres, cerca de 30%. As mudanças no estilo de vida provocaram implicações diretas na saúde com aumento dos riscos femininos quanto à hipertensão arterial, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. São objetivos específicos da PNAISM: infecções sexualmente transmissíveis; anemia falciforme; saúde mental; planejamento familiar; violência doméstica e sexual; redução da morbimortalidade por câncer; a mulher negra, indígena, lésbica, trabalhadora do campo e da cidades, a dos sistemas prisionais com recorte racial-étnico nas ações no âmbito do Sistema Único de Saúde. O foco da política é voltado para as áreas clínica-ginecológica-obstétrica e minorias, mas as DCV não são abordadas com o mesmo destaque. É primordial entender as diferenças e particularidades inerentes ao gênero nas patologias relacionadas ao coração para definir estratégias e ampliar a assistência desse grupo de forma igualitária.

CONCLUSÃO:
É crucial a promoção de PP futuras de forma humanizada sobre as DCV nas mulheres em todos os ciclos da vida, reprodutiva ao climatério. As mulheres têm particularidades biológicas, sociais e comportamentais e risco cardiovascular subestimado devido à falta de pesquisas e intervenções específicas para o gênero.

Palavras Chave

Saúde da mulher; Doenças Cardiovasculares; políticas públicas

Área

CARDIOLOGIA DA MULHER

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

MARIA CAROLINA JORGE ALBERNAZ, CAROLINA DA MATA OLIVEIRA, NATHALIA SANTOS E COSTA LUPATINI CHRISPIM