Dados do Trabalho


Título

RESSONANCIA NUCLEAR MAGNÉTICA COMO EXAME COMPLEMENTAR DIAGNÓSTICO EM PACIENTE COM QUADRO CLÍNICO “NÃO CLÁSSICO” DE SÍNDROME DE TAKOTSUBO:RELATO DE CASO

Resumo

Introdução: Definida como uma anormalidade sistólica reversível do ápice do ventrículo esquerdo, a Cardiomiopatia de Takotsubo (CT) é um dos diagnósticos mais importantes que devem ser diferenciados no contexto de síndrome coronariana aguda (SCA) tendo como substrato estresse físico ou psicológico importante. A CT está presente em 2-3% de todos os pacientes com suspeita de SCA e é encontrada principalmente em mulheres. O diagnóstico é feito através de critérios tais como os critérios da Mayo Clinic ou InterTAK, em que dentro das alterações segmentares podem variar desde o padrão clássico – apical / medioventricular até alterações focais (não clássico). Algumas vezes padrões não clássicos podem não ter o diagnóstico elucidado de forma imediata através do ecocardiograma / ventriculografia, sendo a Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) um aliado na investigação diagnóstica. Apresentamos um caso de uma paciente idosa com ST com ecocardiograma/ventriculografia não clássicas.

Descrição do caso: Paciente, 86 anos, feminino, sem comorbidades. Procurou atendimento hospitalar devido dor precordial com irradiação para dorso, que teve como gatilho o falecimento de um parente. ECG com padrão eletrocardiográfico de Síndrome de Wellens. Troponina I US 219 ng/mL (0-14). Ecocardiograma – FE 38%, com hipocinesia dos segmentos médio inferosseptal, anterosseptal e apical do VE sem acometimento hipercinético de bases/morfologia de ST. Cateterismo (CATE) sem lesões coronárias obstrutivas, com ventriculografia com hipocinesia anteroapical, entretanto, gerando dúvidas na tipicidade com ST. Dentro do contexto de MINOCA e em busca de outros comemorativos para subsidiar a hipótese diagnóstica de ST, realizou ressonância magnética, a qual apresentou achados sugestivos da CT. Paciente recebeu alta hospitalar com seguimento ambulatorial.

Conclusão: A RMC se mostra hoje efetivo método de imagem para avaliar de forma não invasiva pacientes com ST. Possui alta precisão na avaliação da funcionalidade ventricular e contratilidade miocárdica, seja em suas apresentações mais comuns, com hipocinesia médio-ventricular a apical e hipercinesia basal, ou em apresentações mais atípicas, como demonstradas no caso da paciente descrito. Também avalia aspectos como edema, inflamação, fibrose, entre outras características para a exclusão de demais diagnósticos, como MINOCA e miocardite.

Palavras Chave

TAKOTSUBO; RESSONÂNCIA MAGNÉTICA; Diagnóstico

Área

CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

PEDRO JORGE PIRES VIANA, BRUNO CAVALCANTE LINHARES, FLAVIO BAUMGARTEN OLIVEIRA, ISADORA MARIA COELHO QUEIROZ, LUCAS MACEDO AURÉLIO PAIVA, LUIZ FILIPE TORRES DE ALENCAR, RICARDO PAULO DE SOUSA ROCHA, SUELLEN BERGAMIM TAVARES, DANIELLI OLIVEIRA DA COSTA LINO