Dados do Trabalho
Título
INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA EM PACIENTES COM REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA PRÉVIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Resumo
Introdução
Na maioria dos casos de cirurgia de revascularização com enxerto de veia safena é necessária, por conta de falha do enxerto ou da progressão da aterosclerose, uma nova revascularização. Esse segundo procedimento ocorre por intervenção coronariana percutânea (ICP) e os alvos dessa intervenção secundária podem ser: artérias coronárias nativas ou enxertos de veias safena. Assim, é necessária a realização de uma revisão sistemática para comparar os desfechos desses dois alvos de ICP.
Objetivos
Sintetizar na literatura já existente evidências de comparação do uso de artéria coronariana nativa ou de enxerto de veia safena em uma ICP em pacientes que já realizaram revascularização do miocárdio.
Métodos
Essa revisão foi realizada seguindo a declaração PRISMA. As buscas foram conduzidas a partir de março de 2024 nas bases de dados PubMed, Periódico Capes e Cochrane Library com a seguinte estratégia de pesquisa: (“percutaneous coronary intervention” OR pci) AND (CABG OR “coronary bypass graft”) AND “native coronary” AND (svg OR “saphenous vein graft”). Uma seleção crítica de artigos foi realizada por dois autores independentes e foram incluídos na revisão estudos de coorte, uma vez que estudos randomizados ainda são inexistentes. Para esta revisão foram selecionados nove artigos.
Resultados
Em nosso estudo foi analisada a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (MACE), sendo priorizados eventos de infarto de miocárdio e mortalidade. Nessa conjuntura, a intervenção nos enxertos de veia safena apresentou uma incidência maior de MACE, especialmente impulsionada por episódios de infarto do miocárdio. Além disso, em relação à mortalidade total, apesar de alguns estudos não apresentarem diferença significativa entre os procedimentos, grandes estudos, que somam mais de 15.000 casos, apresentaram diferença significante, com maior mortalidade no grupo que recebeu a intervenção em enxertos de veia safena. Assim, as análises mostraram que a ICP em enxerto de veia safena está associada a um maior risco de infarto do miocárdio e mortalidade em comparação com a ICP em vasos nativos.
Conclusão
O uso de vasos nativos em intervenções percutâneas, em pacientes que já realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio, é indicado quando comparado ao uso de enxertos de veias safenas. Todavia, apesar da existência de um protocolo de estudo randomizado na literatura é necessário que estudos randomizados sejam realizados.
Palavras Chave
Intervenção coronária percutânea; cirurgia de revascularização do miocárdio; enxerto de veia safena
Área
CIRURGIA CARDIOVASCULAR
Categoria
Jovem Pesquisador
Autores
JOSÉ GERIS DA COSTA, LETÍCIA SIMAN LOPES, HIGOR HENRIQUE FONSECA GUILHERMINO, ENZO PEREIRA DE LIMA, EDUARDA GONÇALVES GODINHO, GABRIEL JUNQUEIRA DE OLIVEIRA LIMA, MARIA EDUARDA MEIRA DE ALMEIDA BELUCE, PALOMA FERNANDES, KALIANA MOURA SILVA, VITOR PONTELLI SIRAVEGNA, BRUNO ALE BARK, SIDERVAL FERREIRA ALVES