Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR INFARTO CEREBRAL NA REGIÃO NORTE ENTRE 2018 E 2023.

Resumo

Introdução: O Infarto Cerebral, ou Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, consiste na necrose do tecido do cérebro, em decorrência da deficiência de suprimento sanguíneo e de oxigenação, resultantes de um estreitamento ou de um bloqueio das artérias cerebrais. No Brasil, com ênfase na Região Norte, os índices de morbidade dessa condição mostram- se relevantes, principalmente nos últimos anos. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico do Infarto Cerebral na região Norte entre 2018 e 2023. Métodos: Por meio da metodologia quantitativa, analisou-se a morbidade hospitalar de infartos cerebrais no Sistema Único de Saúde (SUS) na região norte do país, considerando o intervalo de janeiro de 2018 a dezembro de 2023 e as variáveis: unidade de federação, ano de processamento, faixa etária, sexo e raça. Para a obtenção de informações secundárias, utilizou-se o Sistema Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Foram registradas 6.837 internações por infarto cerebral na Região Norte entre 2018 e 2023, sendo a maior incidência no Pará, com 2.680 (39,19%), seguido por Roraima, com 1.405 (20,54%), e por Rondônia, com 1.102 (16,11%). O ano com maior número de casos foi 2019, com 1.342 (19,62%), seguido por 2023, com 1.272 (18,60%), e por 2021, com 1.151 (16,83%). A faixa etária predominante foi a de 60 a 69 anos, com 1.722 pacientes (25,18%), seguida pela de 70 a 79 anos, com 1.652 (24,16%), e pela de 50 a 59 anos, com 1.114 (16,29%). Quanto ao sexo e à raça, destacaram-se, respectivamente, o sexo masculino, com 3.915 internações (57,26%), e a raça parda, com 3.133 (45,82%). Conclusão: Diante da coleta de dados, observa-se que o Pará apresentou uma maior quantidade de internações nesse período, o que pode estar associado à maior população desse estado em relação aos demais da Região Norte. Nos anos analisados, não se identificaram grandes variações, sendo 2019 o de maior ocorrência. Além disso, notou-se uma maior incidência nos indivíduos entre 50 e 79 anos, possivelmente em razão das alterações vasculares decorrentes do envelhecimento, e nos homens, os quais, culturalmente, buscam cuidados à saúde com menor frequência. Ademais, a predominância da raça parda é compatível com o perfil da população nortista. Assim, ressalta-se a importância da elaboração de novos estudos e de políticas públicas de saúde relacionadas às formas de prevenção e de tratamento do Infarto Cerebral na Região Norte.

Palavras Chave

Infarto Cerebral; Perfil Epidemiológico; Região Norte