Dados do Trabalho
Título
Internações hospitalares por Acidente Vascular Cerebral no país no período entre 2015 a 2024.
Resumo
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbimortalidade no Brasil, resultando em significativo impacto socioeconômico e de saúde pública para o país. Objetivo: Analisar a morbimortalidade e as taxas de internações do Acidente Vascular Cerebral nas diferentes regiões do país entre os anos de 2015 e 2024. Método: Estudo transversal analítico, com dados secundários retirados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do censo demográfico de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As variáveis de interesse foram sexo, faixa etária e região geográfica. Os CID-10 considerados para a pesquisa foram: I60-I62, 163, 164. A ferramenta utilizada para os cálculos dos dados foi o software Excel. Resultados: No Brasil, a prevalência geral de internamentos por AVC, de janeiro de 2015 a janeiro de 2024, foi de 1001,55 internamentos para cada 100.000 habitantes, enquanto a taxa de letalidade foi de 14,88 e mortalidade 1,49. Duas regiões apresentaram prevalência geral de internações maiores em relação ao Brasil: Região Sul (1309,24 por 100 mil habitantes) e Região Sudeste (1023 por 100 mil habitantes). Referente à letalidade, apenas a Região Sul teve uma taxa inferior ao Brasil (13,62), as demais regiões obtiveram letalidade > 15, tendo a Região Norte a maior letalidade (18). Em relação à mortalidade, a Região Norte apresenta a menor taxa (1,18) e a Região Sul a maior (1,78), seguida da Região Sudeste (1,74). Os homens de todas as regiões possuem maior prevalência de internações comparado às mulheres. Em relação à letalidade, as mulheres, em geral, apresentaram uma taxa levemente superior comparada aos homens. Conclusão: Nota-se que, apesar da mudança significativa dos números de AVC nos últimos anos com a diminuição da mortalidade geral, a disparidade geogŕafica continua em crescente. A letalidade, maior na Região Norte, reflete os parâmetros de desigualdade e vulnerabilidade social. Já a Região Sul apresenta um maior número de mortalidade e internações gerais, em contrapartida, a letalidade é a menor do país, demonstrando a maior capacidade de notificação dos números na região e possivelmente um melhor funcionamento da rede de saúde. O recorte de gênero reflete diretamente as dificuldades em realizar o cuidado integral da saúde do homem no país. Assim, a análise destaca a importância de abordagens regionais específicas na prevenção e manejo do AVC.
Palavras Chave
MORBIMORTALIDADE; Infarto Cerebral; letalidade.
Área
CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
Categoria
Iniciação Científica
Autores
NICOLE RAMIRO, INGREDY OLIVEIRA CARVALHO, INGRID KEROLI MIRANDA SILVA SOARES, ADAN ARAUJO MARQUES, TERTULIANO VICTOR GALVAO MOREIRA, ISABELLE CLOSS, BEATRIZ AMIRRAH LIMA SILVA, ANA PAULA ANDRADE LAURENTINO, HENDERSON RHAVY JESUS LUZ, KENNY SILVA PEREIRA AZEVEDO, BÁRBARA LAIS ROCHA SANTOS, HUGO AMARAL FERRAZ