Dados do Trabalho


Título

ANEURISMA GIGANTE DE PONTE SAFENA PARA ARTÉRIA CIRCUNFLEXA COM COMPRESSÃO DO TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA CAUSANDO ISQUEMIA COM PADRÃO CIRCUNFERENCIAL

Resumo

INTRODUÇÃO:
A cirurgia de revascularização miocárdica continua sendo realizada em grande número
de pacientes. Apesar dos enxertos arteriais serem preferidos devido sua patência,
enxertos de veia safena continuam sendo usados regularmente.
Os aneurismas de enxertos venosos são uma rara complicação cirúrgica tardia,
aprensentando-se em média 10 anos após a revascularização. A maioria dos
pacientes com aneurisma são assintomáticos e suas principais complicações são
embolização distal, IAM e formação de fístula e rotura.
RELATO DE CASO: Paciente feminina, 65 anos, com antecedente de RVM com ponte
mamária para coronária descendente anterior (MIE-DA) e pontes safena para
diagonal, primeiro e segundo marginal e coronária direita. Em cateterismo 2023, ponte
MIE-DA estava pérvia, com oclusão das demais. Relatou dor torácica típica, com piora
do padrão há 15 dias. Apresentou ECG com padrão de isquemia circunferencial e
curva ascendente de troponina, sendo Internada por IAMSSST. No ecocardiograma
visualizou-se aumento da porção distal de aorta ascendente com grande dilatação e
formação de uma neocavidade medindo 63x57mm, adjacente a parede posterior da
aorta ascendente próximo a junção sinotubular com fluxo, rechaçando a parede do
átrio esquerdo e o anel valvar mitral e possível compressão do tronco da coronária
esquerda e artéria pulmonar. À ressonância cardíaca evidenciou neocavidade junto à
raiz da aorta e porção ascendente com sinais de compressão extrínseca importante
das artérias pulmonares. Foi considerado como hipótese diagnóstica um aneurisma
do enxerto Ao-MG2, com compressão extrínseca da circulação coronariana causando
dor e isquemia. DISCUSSÃO: Aneurisma de enxertos venosos geralmente são
assintomáticos, mesmo quando possuem diâmetros entre 5 e 10 cm. A compressão do
leito coronariano nativo por efeito de massa pode levar a IAM, até mesmo com
alteração de ECG, como observado no caso relatado. O tratamento mais comumente
proposto é a correção cirúrgica, contudo, em pacientes com múltiplas toracotomias e
alto risco cirúrgico, pode-se optar pela embolização percutânea. CONCLUSÃO:
Apesar de complicação relativamente rara, os aneurismas de enxertos venosos devem
ser considerados diante de episódio de dor torácica em pacientes previamente
submetidos à revascularização miocárdica.

Palavras Chave

síndrome coronariana aguda; Revascularização Miocárdica; Aneurisma coronário

Arquivos

Área

IMAGEM CARDIOVASCULAR

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

NICOLE MALDONADO GIOVANETTI, THAYSA LOUZADA CARVALHO, YASMIN CALEGARI FACCHINETTI, JOSÉ ROBERTO TUMA PONTE JUNIOR, JOÃO MARCELO CANESCHI, IBRAIM MASCIARELLI FRANCISC PINTO, ALICE CUNHA DARZE, LIRIA MARIA LIMA DA SILVA, HUGO RIBEIRO RAMADAN, RAIANA SANTOS LINS, PAÔLA CARDOSO PRETO