Dados do Trabalho
Título
Prevalência de hipertensão arterial sistêmica em adultos e idosos usuários da Atenção Primária em Saúde
Resumo
Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível relacionada a multifatores, como genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência de HAS, em maiores de 18 anos, aumentou de 23% em 2006 para 26% da população em 2019, enquanto em indivíduos com 65 anos ou mais, a prevalência chega a 61%. Objetivo: Descrever a prevalência de HAS em adultos e idosos atendidos na Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Marau, Rio Grande do Sul (RS). Metodologia: Este estudo transversal é um recorte de uma pesquisa maior intitulada “Agravos, morbidade e assistência à saúde na atenção primária”, conduzida com usuários da APS do município de Marau-RS. Os dados foram coletados entre maio e agosto de 2019. A amostra totalizou 3.309 participantes, com 1.728 idosos e 1.581 adultos. Para descrição da amostra analisou-se as variáveis: HAS; sexo biológico; idade; raça/cor; escolaridade; ocupação; sobrepeso e obesidade – medido através do índice de massa corporal; diabetes mellitus – tipo um ou dois; dislipidemia; tabagismo; consumo de bebida alcoólica e sedentarismo - avaliado por meio da auto referência de atividade física. Os dados foram analisados estatisticamente no software PSPP (distribuição livre). Foi avaliada a prevalência da HAS com intervalo de confiança de 95% (IC95). O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, com o parecer de número 4.769.903. Resultados: Um total de 1.462 participantes eram hipertensos, resultando em uma prevalência de 44% (IC95 42-46). A prevalência de HAS em adultos de 20% (IC95 18-22) e em idosos de 66% (IC95 64-69). A subamostra com HAS era composta por 75,5% de brancos; 62,2% mulheres; 40,4% com idade entre 60 e 69 anos; 69,7% ensino fundamental em séries iniciais; 58,7% de aposentados/pensionistas. A maioria possuía excesso de peso (72,5%), não tinha diabetes mellitus (67,7%), Além disso, a maioria não tinha dislipidemia (65,4%), não consumia bebidas alcoólicas (95,6%), não fumava (91,9%) e não praticava atividade física (97,8%). Conclusão: A prevalência de HAS nessa amostra é acima da média nacional, composta por mulheres brancas, com idades entre 60 e 69 anos, que cursaram o ensino fundamental em séries iniciais, aposentadas ou pensionistas, acima do peso e sedentárias.
Palavras Chave
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA; atenção primária à saúde
Área
HIPERTENSÃO / DESNERVAÇÃO RENAL
Categoria
Iniciação Científica
Autores
JACKSON MENEZES ARAUJO, RENATA SANTOS RABELLO, IVANA LORAINE LINDEMANN, GUSTAVO OLSZANSKI ACRANI, LORENA SILVA OLIVEIRA