Dados do Trabalho
Título
Distribuição e mortalidade na implantação de marca-passos temporários transvenosos para a reversão de bradiarritmias: um recorte de 10 anos.
Resumo
Introdução: A utilização de marca-passos temporários transvenosos é imprescindível em urgências ou emergências como alternativa terapêutica na reversão de bradiarritmias cardíacas reversíveis, reduzindo o risco de distúrbios potencialmente deletérios.
Objetivos: Caracterizar o perfil de cirurgias de implantação de marca-passo temporário transvenosos no Brasil, nos últimos 10 anos.
Métodos: trata-se de um estudo ecológico, descritivo e de série temporal, referente às internações para a implantação de marca-passo temporário transvenosos, no Brasil, de 2014 a 2023. As informações foram coletadas por meio do Sistema de Informação de Morbidade Hospitalar (SIH/DATASUS). As variáveis analisadas foram: número de internações, média de permanência hospitalar, valor médio gasto por internação, óbitos e taxa de mortalidade.
Resultados: No período de 2014 a 2023, foram registradas 48,275 internações para a implantação de marca-passos temporários transvenosos, havendo em 2022 o maior registro, com 5,569 casos, bem como o menor em 2016, com 4,111. Em relação à região, o Sudeste registrou 22,573 implantes (46.76%), seguido pelo Nordeste, com 12,195 (25.26%), além do menor registro pela região Norte, com 1,366 implantes (2.83%). Analisando a média de permanência hospitalar, a maior foi registrada no Nordeste (6.4 dias) e a menor no Norte (3.3 dias), mantendo uma média nacional anual de 5.7 dias. Em relação ao valor médio para cada internação, o Centro-Oeste ficou em primeiro com média de R$2819.10±316.60, seguido pelo Sudeste, com R$2788.35 ± 361.12 e, em último, o Norte, com R$1395.33±380.30 reais. Por fim, os registros de óbitos e da taxa de mortalidade demonstraram que o Sudeste deteve 46.32% dos óbitos totais, além da segunda maior taxa de mortalidade (18.16), seguido pelo Sul em óbitos, com 27.27% e a maior taxa de mortalidade (23.66%), além do fato relevante do Norte deter o menor número de óbitos e a menor taxa de mortalidade (1.76% e 11.42, respectivamente).
Conclusão: Após a análise dos dados coletados, observou-se uma distribuição espacial desigual dessa ferramenta, o que pode estar associado à demanda e oferta tecnológica de cada região. No entanto, o perfil de valores médios de internação, média de permanência, óbitos e taxa de mortalidade, demonstraram satisfatória efetividade dos procedimentos na região Norte e Nordeste.
Palavras Chave
Marca-passo temporário transvenoso; mortalidade; Epidemiologia
Arquivos
Área
ARRITMIAS CARDÍACAS/ ELETROFISIOLOGIA/ ELETROCARDIOGRAFIA
Categoria
Iniciação Científica
Autores
MATEUS ITIRO TAMAZAWSKAS OTAKE, PABLO RODRIGUES NUNES DE SOUZA, GABRIEL CANTO BANDEIRA DE SOUSA, MARIANA KONDO OBARA, JOSÉ FELIPE TEIXEIRA BORGES, MICAELLA YANNE FENDER LOBATO, MARCOS LUDE DA SILVA FERREIRA, EMILLY ALESSANDRA CRUZ DOS REIS, RAFAEL SILVA LEMOS, KALIANA KENNEDY OLIVEIRA CALIXTO, RUI SÉRGIO MONTEIRO DE BARROS