Dados do Trabalho


Título

A REDUÇÃO DA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA RASTREAMENTO DE DAC DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 E O AUMENTO DO NÚMERO DE PROCEDIMENTOS PARA O TRATAMENTO DE IAM NO PERÍODO PÓS-PANDEMIA: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA

Resumo

Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a principal causa de morte no Brasil, representando 7,06% do total, segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e IAMSST – 2021. Durante a pandemia de COVID-19 notou-se redução de procedimentos realizados para o rastreamento de Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC) e aumento da necessidade de realização de procedimentos para o tratamento de IAM no pós-pandemia.
Objetivo: O estudo em questão objetivou a análise e a comparação da relação entre a queda do número de exames de rastreamento para DAC durante a pandemia de COVID-19 e o aumento do número de procedimentos para o tratamento de IAM no período pós-pandemia.
Método: O estudo teve natureza quantitativa, baseado em dados disponíveis na plataforma DataSUS, por meio do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), sendo quantificada a quantidade aprovada de procedimentos por ano de atendimento. A busca considerou o número absoluto de tratamentos para IAM e de procedimentos diagnósticos para DAC, selecionados de acordo com a recomendação de testes não invasivos da Diretriz de DAC Estável - 2021: eletrocardiograma, ecocardiografia por estresse, cateterismo cardíaco e teste ergométrico. Foram excluídos testes não quantificados pela plataforma. O teste ‘‘angiografia coronariana’’ substituiu ‘‘cateterismo cardíaco’’ por não ser quantificado na plataforma. A busca resultou em dados disponíveis entre os anos de 2008 a 2024, sendo utilizado o período de 2009 a 2023. Foram excluídos 2008 e 2024 por contagem incompleta de dados.
Resultados: Os resultados indicaram que a soma dos procedimentos realizados para o rastreamento de DAC aumentou em 64% entre os anos de 2009 a 2019, com 27% de queda durante 2020. Foram realizados 13.023.615 procedimentos de rastreio em 2019, 9.432.831 em 2020, 10.406.308 em 2021, 12.678.420 em 2022 e 15.098.003 em 2023. O que demonstra defasagem no rastreamento da DAC, como demonstrado através do Gráfico 1. Em concordância, foi percebido o aumento do número de IAM no período pós-pandêmico. Confrontando os triênios 2017-2019 x 2021-2023 ocorreu aumento de 19,07% de IAM tratados, como visto no Gráfico 2.
Conclusão: Percebe-se queda no volume de procedimentos de rastreio para DAC, gerando prejuízos na intervenção precoce em pacientes de risco para IAM. Estudos adicionais são necessários para identificar a extensão do impacto da COVID-19 e das políticas de isolamento social sobre o aumento de IAM no Brasil.

Palavras Chave

Covid-19; Infarto Agudo do Miocárdio; Doença Arterial Coronariana

Arquivos

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

LUAN DE SOUSA LOIOLA, MARIA EDUARDA NASCIMENTO SANTOS, FELIPE NOVAES ALVES, AVELINY SANTOS OLIVEIRA, MARIA CLARA ALVES DE JESUS OLIVEIRA, JADE LUIZA DURÃES DE ARAÚJO, BRUNA DA ROCHA NASCIMENTO, YASMIN MACHADO SANTOS, DIEGO MARADONA RAMOS AGUIAR, GUSTAVO AUGUSTO DE AGRIPINO BRAGA, EDUARDA HAMERSKI SWIDZIKIEWICZ , JOAN DE MATOS DELMONDES