Dados do Trabalho


Título

Perfil Epidemiológico da Hipertensão no Estado da Bahia

Resumo

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição crônica caracterizada por níveis elevados e constantes de pressão sanguínea nas artérias. Essa condição pode resultar em complicações cardiovasculares graves, contando como consequências mais frequentes da hipertensão não tratada a insuficiência cardíaca, a doença arterial coronária, a doença vascular encefálica e a insuficiência renal. A HAS representa um grande problema de Saúde Pública, pois além da alta prevalência e ampla distribuição geográfica, é uma doença que merece atenção devido à magnitude do seu acometimento sistêmico. O estado da Bahia se destaca como uma das principais regiões com morbidades por doenças hipertensivas no Brasil.
Este estudo teve como objetivo conhecer os aspectos epidemiológicos da Hipertensão no Estado da Bahia no período compreendido entre os anos de 2002 a 2013.
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quali-quantitativa, utilizando dados secundários de casos confirmados de HAS registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e disponibilizados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Foram registrados 733.840 casos de HAS no Estado da Bahia. Dentre as variáveis que foram pesquisadas, ficou evidente que o nível quantitativo de portadores está atrelado ao envelhecimento, gênero, sobrepeso e Tabagismo. Notou-se que, dentre os casos, 514.27 eram mulheres, sendo as mais acometidas pela doença. Indivíduos com sobrepeso representavam 33,61% dos hipertensos. Os adultos são os mais afetados pela HAS e a faixa etária prevalente está entre 60-64 anos. Em relação ao tabagismo, dentre os hipertensos que fumavam, 14,74% desenvolveram a doença. Assim, do montante de casos confirmados e notificados de HAS, 16.049 evoluíram para Doença Renal Crônica ou Infarto Agudo do Miocárdio. De acordo com o risco cardiovascular, observou-se que 298.222 indivíduos hipertensos tinham um risco médio e que 196.755 não tiveram os seus respectivos riscos calculados. Não foram registrados casos de morte no período pesquisado.
Conclui-se, que os dados analisados neste estudo apontam que a HAS é uma doença prevalente no Estado da Bahia e que os fatores ambientais controláveis estão diretamente ligados a essa realidade. Fazendo-se necessária a mobilização de recursos para que os planos de ação e controle sejam intensificados por gestores e profissionais da Saúde, visando com isso o contínuo decréscimo dos casos de HAS no território Baiano.

Palavras Chave

HAS; Prevalência.

Arquivos

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

IZABELA BARBOSA MACIEL , NICOLLY BARBOSA DE JESUS , SARA BARBOSA MACIEL , DANIEL SANTOS BORGES, MIRELA MENESES DOS SANTOS , ANA CLAUDIA FERREIRA PITOMBO PIRES, AGAMENON SILVA FONSECA JUNIOR , FERNANDA BARBOZA MATOS, JÚLIA LARA LAGO DE QUEIROZ, CÁSSIA CAROLINE FREITAS DE QUEIROZ COSTA , Hillary NUNES SANTOS, AGENOR PORTUGAL MOURA