Dados do Trabalho


Título

Medições domiciliares e clínicas da pressão arterial em pacientes hipertensos associado a curva de onda intracraniana.

Resumo

Introdução:
A relação entre a pressão intracraniana (PIC) e a pressão arterial (PA) é um tópico de grande interesse na área da saúde, especialmente em pacientes com hipertensão arterial. A PIC, medida da pressão dentro do crânio, desempenha um papel crucial na manutenção da homeostase cerebral. Por outro lado, a PA, um indicador vital da saúde cardiovascular, influencia diretamente a perfusão cerebral e, consequentemente, a PIC.

Objetivo: Avaliar a associação entre valores de pressão intracraniana não invasiva (PIC) e valores de pressão arterial (PA) conforme medidas domiciliares e de consultório.

Método: Estudo transversal analítico, utilizando as variáveis: idade, sexo, PAS e PAD de consultório e medidas residenciais da pressão arterial (MRPA), tempo de diagnóstico da hipertensão arterial; P2P1, TTP; hipertensão intracraniana P2P1 >1,2, hipertensão arterial consultório PA>=140/90mmHg e MRPA >=130/80mmHg). Os dados obtidos foram de registros de prontuários. Análise dos dados com teste qui-quadrado, teste t de Mann-Whitney e análises de correlação bivariada. Valores de PA corrigidos segundo tempo de diagnóstico de hipertensão; valores de P2P1 e TTP corrigidos segundo a idade; intervalo de confiança de 95% e nível de significância p<0,05.

Resultados: Foram avaliados 240 pacientes, média de idade de 63,4 anos (±11,8), 73,3% do sexo feminino. Tempo médio de diagnóstico de Hipertensão Arterial de 19,1 (±11,9) anos. Pressão arterial não controlada - MRPA 54,2% (n=130) e medida no consultório 42,1% (n=101). Proporção de hipertensão intracraniana 67,9%, significativamente maior entre as mulheres (71,6%). Não houve associação das taxas de controle da PA e hipertensão intracraniana. Valores médios de P2P1 (1,32 ±0,28) e TTP (0,06 ±0,01) significativamente menores em pacientes >=65 anos (1,28 ±0,25), sem diferença entre os sexos. Correlação entre P2P1 e idade (r=-0,261; p=0,037). Correlação entre P2P1 e PAS (MRPA) (-0,152 p=0,019) e PAS matinal (MRPA) (-0,175 p=0,006). Sem correlação de P2P1 e medidas de consultório. Correlação entre P2P1 e PAS matinal (MRPA) (rô= -0,192 p=0,011), PAS noturna (MRPA) (rô=0,157 p=0,037) apenas entre mulheres. Correlação entre TTP e PAS (MRPA) (rho=-0,194, p=0,003), PAS matinal (rho -0,229, p<0,001), PAS noturna (rô=-0,176 p=0,006), PAD consultório (rô=0,173 p=0,007). Correlação entre TTP e PAD consultório (rô=0,313 p=0,012) apenas entre homens. Correlação entre TTP e PAS MRPA (rô=-0,201 p=0,007), PAS matinal (MRPA) (rô=-0,237 p=0,002), PAD consultório (0,157 p=0,038), PAS noturna (MRPA) (rô=-0,202 p=0,007) apenas entre mulheres.

Conclusão: As taxas de controle da pressão foram semelhantes quando avaliadas por diferentes métodos. Não houve associação entre as taxas de controle da PA e hipertensão intracraniana. Os valores de P2P1 e TTP correlacionaram-se com os valores de PA domiciliar, mas apenas com os valores de PAD de consultório. As associações entre os valores de P2P1/TTP e as medidas de PA domiciliar apresentaram comportamento diferente entre homens e mulheres.

Palavras Chave

Medida Residencial de Pressão Arterial; Curva de Onda de Pressão Intracraniana

Área

HIPERTENSÃO / DESNERVAÇÃO RENAL

Categoria

Jovem Pesquisador

Autores

MATHEUS MARTINS COSTA, ANA LUIZA LIMA SOUSA, PRISCILA VALVERDE DE OLIVEIRA VITORINO, SAYURI INUZUKA, WEIMAR KUNZ SEBBA SOUZA MATHEUS BARROSO , MIKAELLE COSTA CORREIA