Dados do Trabalho
Título
Os níveis séricos de Klotho estão relacionados às alterações hemodinâmicas induzidas pelo treinamento combinado em mulheres com sobrepeso e obesidade?
Resumo
Introdução: O sobrepeso e a obesidade oferecem graves riscos à saúde em decorrência das mudanças no tecido adiposo que levam à inflamação e danos celulares, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. A proteína Klotho, descrita inicialmente como biomarcadora de prognóstico na doença renal crônica e fibrose renal, é conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios, anti-envelhecimento e anti-oxidantes. Além disso, a proteína Kloto apresenta níveis séricos reduzidos em pessoas obesas, o que tem sido associado aos efeitos negativos da obesidade. Objetivo: Dessa forma, esse estudo avaliou como os níveis de Klotho estão relacionados às alterações hemodinâmicas cardiovasculares induzidas pelo treinamento combinado (TC) em mulheres com sobrepeso e obesidade. Material e Métodos: O estudo, aprovado pelo CEP da UNIFESP (11159619.4.0000.5505), envolveu 78 mulheres categorizadas em eutróficas (n=20; 43.20±10.78 anos), sobrepeso (n=30; 47.27±10.25 anos) e obesidade grau I (n=28; 45.46±10.38 anos). O TC consistiu em sessões se 60 minutos, sendo 30 min de exercícios de fortalecimento de intensidade moderada (75-80% de 1 RM) e 30 min de exercícios aeróbios de intensidade moderada (70% da FC máxima), 3x por semana, por 3 meses. Antes e após esse período, realizou-se à análise hemodinâmica cardiovascular pela cardiografia por impedância (Physioflow®, Bristol, EUA), e 5 ml de sangue foi coletado e o plasma utilizado para a medida dos níveis de Klotho utilizando-se o kit de ELISA (DY5334-05). Resultados: A Figura 1A revela que mulheres com sobrepeso e obesidade grau I apresentam níveis reduzidos de Klotho em comparação com mulheres eutróficas. A Figura 1B demonstra uma correlação positiva entre os níveis de Klotho e a taxa de função diastólica precoce (%) (R2 = 0.5087; p<0.0003) em mulheres com obesidade grau I após o exercício. Conclusão: Os níveis de Klotho correlacionam-se à taxa de função diastólica precoce em mulheres com obesidade grau I, além de se mostrarem como biomarcadores sensíveis aos efeitos do treinamento físico induzindo melhora da resposta hemodinâmica cardiovascular.
Palavras Chave
Obesidade; Kloto; Treinamento físico.
Arquivos
Área
EDUCAÇÃO FÍSICA
Categoria
Jovem Pesquisador
Autores
ANAMEI SILVA-REIS, MAYSA ALVES RODRIGUES BRANDAO-RANGEL, RENILSON MORAES-FERREIRA, HELIDA CRISTINA AQUINO-SANTOS, REGIANE ALBERTINI, RODOLFO P VIEIRA