Dados do Trabalho

Título

MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SEXOS POR REGIÃO DO BRASIL.

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morbimortalidade, representando 0,2% das mortes no Brasil no ano de 2022. Estas doenças levam a complicações, à incapacidade significativa e à falta de independência, sendo consideradas patologias dispendiosas para o sistema público de saúde com elevados custos à sociedade. No Brasil, dentre as doenças cardiovasculares, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é o responsável pela primeira causa de morte, junto a um aumento de fatores de risco modificáveis, como a hipertensão arterial sistêmica, hipercolesterolemia e diabetes mellitus. OBJETIVOS: Identificar a tendência de evolução na taxa de mortalidade por IAM ao longo dos últimos anos, correlacionando com a prevalência de mortalidade nos fatores como sexo e região no país. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo e retrospectivo, realizado com base nos dados secundários fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As informações coletadas foram armazenadas e tabuladas no programa Microsoft Office Excel™. A principal variável analisada foi o sexo, comparando-o por região brasileira. RESULTADOS: Foram observados nos períodos de 2015 a 2022 uma prevalência de homens em todas as regiões quanto aos óbitos por infarto agudo do miocárdio, tendo uma diferença absoluta de 136.970 casos e relativa de 44,6%. Em valores absolutos de óbitos por IAM, a região Sudeste lidera (346.465), seguido da região Nordeste (208.049) e Sul (102.522). Temporalmente, ao comparar intervalos de 2015-2016, 2017-2018, 2019-2020 e 2021-2022, nota-se uma evolução com aumento absoluto sutil dos óbitos por IAM, havendo maior diferença entre os períodos de 2019-2020 e 2021-2022, com aumento de 7.804 casos ou 4,2%. CONCLUSÃO: Portanto, conclui-se que o maior índice de mortalidade por IAM em homens no país indica uma íntima relação entre óbitos por IAM e sexo masculino, seja por fatores relacionados ao estilo de vida ou genéticos. Além disso, o constante menor número de casos durante o período analisado na região Norte pode caracterizar a presença de subnotificação de dados devido ao maior afastamento desse local de áreas consideradas polos tecnológicos.

Palavras Chave

mortalidade; Infarto Agudo do Miocárdio; Brasil