Dados do Trabalho

Título

Hábitos de Vida e Comorbidades Associadas em Pacientes Hipertensos do Interior do Tocantins.

Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica que, devido a sua etiologia multicausal, demanda mudanças de hábitos e manejo de comorbidades associadas como mandatórios para a sobrevida dos pacientes. Objetivo: Descrever os hábitos de vida e comorbidades associadas em pacientes hipertensos de um município do Tocantins. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, onde foram entrevistados pacientes hipertensos das Unidades Básicas de Saúde do município de Augustinópolis-TO mediante aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer n° 6.216.098). Foram entrevistados pacientes ativados como hipertensos no prontuário eletrônico, sendo as variáveis sexo, idade, tabagismo, nível de atividade física e comorbidades coletadas a partir de um questionário validado. Dessa forma, fez-se uma análise descritiva a partir de dados de 51 hipertensos coletados no período de Janeiro a Maio de 2024. Resultados: A média de idade foi de 60 (DP = 11,5) e em relação aos grupos etários, a maioria dos participantes (51%) pertenciam ao grupo de 60 a 79 anos, seguido pelo grupo de faixa etária de 40 a 59 anos (37%), alem disso, a maioria dos participantes eram mulheres (58,8%). Quanto aos hábitos de vida, verificou-se que 62,7% dos entrevistados fumaram em algum período de sua vida, e destes, 21,8% ainda fumam. Em relação a prática de exercício físico, 68% afirmaram não praticar nenhum tipo de atividade física ou esporte. Além disso, ao observar as comorbidades associadas aos pacientes, 24% afirmaram ter Diabetes Mellitus e 9,8% declararam já ter sofrido Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Ademais, o fator de risco hipercolesterolemia foi o mais presente sendo referido por 52% dos hipertensos participantes. Conclusões: A partir dos resultados observa-se uma prevalência de fatores de risco comportamentais, como tabagismo e sedentarismo, além da alta incidência de comorbidades, como diabetes mellitus, AVE, IAM e hipercolesterolemia nos hipertensos desta cidade. Esses achados destacam a necessidade de programas de intervenção focados na modificação de hábitos prejudiciais em conjunto com uma abordagem clínica mais integrada e vigilante, visando melhorar os desfechos de saúde e a qualidade de vida dos pacientes. Outrossim, esses são resultados preliminares, e a continuação deste estudo contribuirá com intervenções de saúde mais eficazes e focadas nas necessidades específicas dessa comunidade.

Palavras Chave

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA; atenção primária à saúde; Perfil Epidemiológico