Dados do Trabalho


Título

TAVI E ANGIOPLASTIA CORONÁRIA: PROCEDIMENTO HÍBRIDO EM PACIENTE IDOSO COM ALTO RISCO CIRÚRGICO

Resumo

INTRODUÇÃO: A estenose aórtica (EA) e a doença arterial coronária (DAC) apresentam fisiopatologias em comum que agravam com a idade. Ao aumentar a expectativa de vida, mais pacientes apresentarão essas condições em conjunto, aumentando o risco cirúrgico. Intervenções percutâneas tornam-se essenciais por serem menos invasivas, de rápida recuperação, com baixa taxa de mortalidade e reinternações. RELATO: Paciente feminino, 72 anos, acompanha em ambulatório de valvopatias com o diagnóstico de EA grave de etiologia degenerativa. Apresenta Insuficiência Cardíaca (NYHA II), angina estável (CCS II) e presença de lesão de pele em região abdominal. Antecedentes de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemia e infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST há 8 meses. Cinecoronariografia evidenciou lesão de 90% no óstio da coronária direita. Ao ecocardiograma (ECO): valva aórtica com espessamento de seus folhetos, fibrocalcificados, abertura e mobilidade reduzidos, com área valvar de 0,6 cm². Foi
evidenciado baixo risco cirúrgico pelo Euroscore II (2,82%). No entanto, apresentava fístula em região abdominal após múltiplas abordagens de hérnia nessa região, inviabilizando o procedimento cirúrgico pelo risco de infecção. Foi definido pelo Heart Team uma abordagem com angioplastia transluminal percutânea coronariana do óstio da coronária direita e colocação de stent, além do implante de endoprótese de valva aórtica por via transcateter (TAVI). DISCUSSÃO: Nesse cenário clínico, em pacientes idosos com elevado risco cirúrgico, o tratamento percutâneo da valvopatia aórtica (TAVI) e da DAC uniarterial torna-se uma alternativa segura e eficaz à cirurgia convencional. No relato, a paciente foi submetida a uma TAVI (Figura 1) e colocação de stent em óstio de artéria coronária direita (Figura 2). O procedimento foi realizado sem intercorrências. Quando comparados o ECO pré e pós procedimento houve um aumento da área valvar e uma redução importante do gradiente sistólico médio, respectivamente (AV = 0,6 x 2,0 cm2; GS médio 48 x 10 mmHg), além de um ótimo aspecto angiográfico na coronária direita. Paciente permaneceu assintomática com estabilidade clínica, recebendo alta hospitalar após 4 dias. CONCLUSÃO: A abordagem híbrida em valva aórtica por endoprótese e a correção de uma lesão severa em artéria coronária direita do paciente idoso com alto risco cirúrgico foi eficaz e seguro, com curto tempo de internação.

Palavras Chave

Estenose da Valva Aórtica; Doença Arterial Coronariana; Tratamento Percutâneo

Arquivos

Área

CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

JOÃO PAULO ARAÚJO SILVA, LUANA SIMÕES CAMPOS, MARCELO DANTAS CAMPOS, MARIANA RAMOS NASCIMENTO PAIVA, ANA LUIZA BARBORSA, LUIZ MINUZZO