Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DA ALTA PRECOCE VERSUS ALTA PROLONGADA APÓS TAVI: UMA META-ANÁLISE DE ESTUDOS OBSERVACIONAIS

Resumo

Introdução: A alta precoce no implante de valva aórtica transcateter (TAVI) têm sido uma opção para pacientes de baixo risco com estenose de valva aórtica, reduzindo os custos do sistema de saúde. Entretanto, há incerteza em relação à segurança de uma estratégia de alta precoce. Objetivos: Comparar a segurança entre a alta precoce (EAD) e a alta habitual (Non-EAD) no pós-operatório de TAVI. Métodos: Os bancos de dados PubMed, Embase e Cochrane Central Register of Controlled Trials foram consultados sistematicamente em busca de estudos comparando a alta precoce (em até 3 dias) com a alta habitual ( após o terceiro dia) no pós-operatório de TAVI. Foram triados 9.567 artigos, sendo 40 selecionados para leitura completa. Ao final, 9 estudos cumpriram os critérios de inclusão. Desfechos de interesse foram mortalidade em 30 dias, readmissão hospitalar, necessidade de implante de marcapasso e complicações vasculares. Odds ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% (95% CI) foram aplicados em modelo de efeitos aleatórios. A análise estatística foi feita com o Review Manager 5.4.1. A heterogeneidade foi acessada com o teste Qui-quadrado e I2. Resultados: 9 estudos observacionais foram incluídos, englobando 138.967 pacientes. Destes, 46% tiveram EAD e 54% Non-EAD. Houve menor taxa de complicações vasculares (OR, 0.29; 95% CI, 0.13-1.95; p = 0.005; I2 = 71%; Figura 4) e de implante de marcapasso (OR, 0.28; 95% CI, 0.21-0.39; p < 0.00001; I2 = 56%; Figura 3) em pacientes que tiveram alta em até 3 dias, em comparação com a alta prolongada. Não houve diferença estatisticamente significativa para os desfechos de mortalidade (OR, 0.55; 95% CI, 0.15-1.95; p = 0.31; I2 = 17%; Figura 1) e de readmissão em 30 dias (OR, 1.03; 95% CI, 0.47-2.28; p = 0.06; I2 = 55%; Figura 2) entre a alta precoce e a prolongada. Conclusões: A alta precoce está relacionada estatisticamente a menores taxas de implante de marcapasso e de complicações vasculares, com desfechos de mortalidade e de readmissão em 1 mês equivalentes aos observados para a alta postergada. Novos estudos devem ser conduzidos a fim de avaliar a segurança de um menor tempo de internação em pacientes com indicação de TAVI.

Palavras Chave

Alta do paciente; Substituição da Valva Aórtica Transcateter; Marca-Passo Artificial;

Arquivos

Área

PERICÁRDIO / ENDOCÁRDIO / VALVOPATIAS

Categoria

Iniciação Científica

Autores

MARIA CAROLINA FONSECA LOUREIRO CALDEIRA DE FREITAS, FERNANDA DE SOUSA RODRIGUES, LUANNA BARROS DE ALMEIDA, CAMILA DE CASTRO SILVA, KÁTIA OLIVEIRA NUNES LEAL, ANTONIO AURELIO FAGUNDES JR.