Dados do Trabalho


Título

Análise do diagnóstico de neoplasia do coração, mediastino e pleura no país, entre 2019 e 2023.

Resumo

Introdução: Nos últimos anos, os avanços tecnológicos e o aprimoramento das técnicas diagnósticas têm sido cruciais na detecção precoce e na gestão eficaz das neoplasias do coração, mediastino e pleura. Neste contexto, considerando a importância clínica e epidemiológica dessas neoplasias, esta investigação busca lançar luz sobre a eficácia das estratégias de diagnóstico empregadas, para compreender a evolução dessas condições ao longo do tempo e para identificar possíveis padrões ou tendências emergentes.
Objetivos: Comparar quantitativamente os diagnósticos de neoplasia de coração, mediastino e pleura no período entre 2019 e 2023.
Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, analítico e realizado de maneira transversal, utilizando dados secundários a partir da base de dados DATASUS/TABNET, analisando as variáveis: regiões com maior incidência, sexo, faixa etária, modalidade terapêutica e tempo de início do tratamento.
Resultados: Foram identificados 6.927 casos de neoplasia maligna afetando o coração, mediastino e pleura. O Sudeste foi a macrorregião que liderou em número de diagnósticos, com 38,79% do total, sendo São Paulo o estado com maior incidência. Em segundo lugar, nota-se que a região Sul contabilizou 1.827 casos (26,73%). Em relação ao sexo, houve predominância em mulheres com 3.589 pacientes (51,81%). Quanto à faixa etária, constata-se que os pacientes entre 60 e 64 anos representaram 852 casos (12,29%), seguidos pelos grupos de 65 a 69 anos (832 casos / 12,01%) e 55 a 59 anos (803 casos / 11,59%). Quanto à modalidade terapêutica e à duração do início do tratamento, 3.733 casos (53,89%) não tinham informações disponíveis para ambas as variáveis. Dessa forma, considerando o espaço amostral de 3.194 casos para esses dois fatores, observa-se que 2.906 casos (90,98%) receberam tratamento em até 30 dias, sendo a cirurgia a principal modalidade terapêutica, com 2.663 casos confirmados (83,37%).
Conclusão: Os resultados revelam uma predominância dessas neoplasias no Sudeste, especialmente em São Paulo, e uma maior incidência em mulheres e faixas etárias avançadas. A cirurgia foi a principal modalidade terapêutica, destacando a importância do acesso rápido aos serviços de saúde. No entanto, a falta de informações em uma parte significativa dos casos ressalta a necessidade de melhorias nos registros clínicos. Assim, os achados supracitados oferecem informações essenciais para políticas de saúde voltadas ao manejo eficaz dessas neoplasias.

Palavras Chave

Neoplasias Cardíacas; Diagnóstico; Epidemiologia

Área

CARDIO-ONCOLOGIA

Categoria

Iniciação Científica

Autores

LUAN NASCIMENTO PEREIRA DE AMORIM, GUSTAVO LIMA TOLEDO, ARTHUR OLIVEIRA SILVA AMARO , GIOVANA PEREIRA LOBATO BRITO, JÚLIO CÉSAR COELHO DE LIMA, ELISAMA SALES QUINTINO, LUIZ FELIPE LEÃO LIMA, GIOVANNA GILIOLI DA COSTA NUNES, LUIS EDUARDO WERNECK DE CARVALHO