Dados do Trabalho


Título

EFETIVIDADE DA SINVASTATINA COMO AGENTE REDUTOR DE LDL-COLESTEROL EM PACIENTES SOB PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: UM ESTUDO COORTE

Resumo

Fundamento: Apesar dos diversos agentes redutores de colesterol disponíveis, a aferição dos níveis de LDL-Colesterol (LDL-C) ainda é o principal indicador na predição de eventos macrovasculares em pacientes (P), seja após evento coronariano isquêmico agudo, após evento cerebrovascular, seja no manejo ambulatorial da prevenção secundária cardiovascular. Evidências da literatura sugerem necessidade de manutenção de LDL-C < 70 mg% e o não-HDL colesterol (não-HDL-C) < 100 mg% nesta população. Aproximadamente 85% de todos os brasileiros utilizam o Sistema Único de Saúde e seus equipamentos de saúde onde realizam o acompanhamento ambulatorial. A Sinvastatina (S) é a estatina mais utilizada para o manejo da hipercolesterolemia na atenção primária (APS) do SUS, incluíndo P em prevenção secundária.
Objetivo: Aferir efetividade da utilização de S em uma população não selecionada de pacientes em prevenção secundária cardiovascular na APS do SUS, região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Material e Métodos: P convidados para uma avaliação de triagem para participação de ensaios clínicos multicêntricos diversos aprovados pela CONEP no centro CARDRESEARCH em Belo Horizonte no período compreendido entre 2016 a 2022, sendo avaliados 632 P com histórico de evento de SCA nos últimos 5 anos, diabetes, doença vascular aterosclerótica documentada ou acidente vascular cerebral isquêmico aterosclerótico. sendo 430 homens (69,5%) e idade média 60,4 ± 9,7 anos, com tempo médio de evento 11,9 ± 10,2 meses. Excluídos desta análise 13 P já em uso de Atorvastatina, restando 619 P em uso de S. Nestes, observa-se hipercolesterolemia laboratorial em 471 P (76,0%), 307 dos quais identificados por ocasião do evento coronariano (49,5%) e 164 P com diabetes (26,4%).
Resultados: Em relação ao uso de S, 483 P (78,0%) utilizaram 40 mg/dia, 89 P (13,5%) 20 mg/ dia e 47 P (7,4%) sem utilizar estatina devido a evento adverso associado. Cento e cinquenta e cinco P (25,0%) mantiveram LDL colesterol < 70 mg%, 239 P entre 70 e 100 mg% e 225 P (36%) > 100 mg%. Em relação ao Não HDL-C, 209 P mantiveram-se < 100 mg% e 215 P > 130 mg%.
Conclusões: Nesta amostra de pacientes ambulatoriais após evento de SCA, 75% dos P estão com LDL-C acima das metas recomendadas e 66% dos P com não-HDL-C. Observa-se uma baixa efetividade da S em manter P em prevenção secundária dentro das metas recomendadas. Estratégias alternativas de controle do colesterol devem ser estabelecidas visando adequar estes P às metas recomendadas de colesterol.

Palavras Chave

Dislipidemia; prevenção secundária

Arquivos

Área

EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS DE SAÚDE / SAÚDE GLOBAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

GILMAR REIS, LUIZA LANNA FRANÇA REIS, MARIA CLARA BALBINO LAGO, GABRIELA PASCHOALIM FREITAS, NÚBIA RODRIGUES SILVA, MARIA CLARA DO CARMO ALVES, LAURA GOMES DE ASSUMPÇÃO, ERIKA LAÍS DE OLIVEIRA SILVA, RENNATA LUÍSA FREITAS CUNHA, IRIS DUTRA BARBOSA, CAROLINA RIBEIRO MAGALHAES, LORRANE SILVA MOURA DORNELES