Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA NA CIDADE DE JUIZ DE FORA - MG

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) abrangem condições que afetam coração e vasos sanguíneos, sendo a principal causa de morbimortalidade em adultos jovens no mundo. Além dos fatores de risco cardiovascular (FRCV) comuns à população em geral, os acadêmicos de medicina podem enfrentar desafios relacionados ao estilo de vida associado à formação médica. Objetivo: Identificar e determinar a prevalência dos principais fatores de risco cardiovascular entre acadêmicos de medicina na cidade de Juiz de Fora-MG. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, realizado entre acadêmicos de medicina (1º ao 12º período) de uma faculdade na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário eletrônico envolvendo questões relativas à hábitos sociais, perfil lipídico e glicêmico, medidas antropométricas, pressão arterial e qualidade de vida (questionário WHOQOL-bref). Os resultados foram organizados em tabelas para posterior análise por parte dos pesquisadores. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer 79662324.4.0000.5103, conforme resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A amostra reuniu 88 estudantes com idade média de 23 anos, sendo 74% do sexo feminino. O tabagismo esteve presente em 8% dos participantes, e o consumo semanal de bebidas alcoólicas, em 21%. O sedentarismo foi observado em 42 casos, com 25 acadêmicos praticando menos de 150 min de exercícios semanais. O sobrepeso e obesidade grau I foram observados em 23% da amostra. O consumo médio de bebidas açucaradas foi de 725 ml por semana, com 11% dos estudantes ingerindo mais de 1500 ml por semana. Não foram observadas alterações importantes da pressão arterial. A glicemia de jejum foi obtida em 44%, sendo superior a 99mg/dL em 2 casos. Quanto ao perfil lipídico, 10% obtiveram níveis de colesterol total superiores a 190 mg/dl. Em relação à qualidade de vida, a maior parte a considerou “boa” (4 em uma escala de 5), bem como as pontuações obtidas nos domínios psicológico, social e ambiental foram positivas. Contudo, no domínio da saúde física notou-se grande insatisfação dos estudantes associada ao sono e disposição, com comprometimento da concentração e capacidade de trabalho. Conclusão: O alto consumo de álcool e de bebidas açucaradas, sedentarismo, sobrepeso, hiperlipidemia e a falta de disposição física se mostraram como os FRCV mais prevalentes entre acadêmicos de medicina.

Palavras Chave

Fatores de Risco Cardiovascular; Estudantes; estilo de vida

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