Dados do Trabalho


Título

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E FATORES DE RISCO ENTRE ADULTOS DO NORTE DE MINAS GERAIS

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial e crônica que representa um importante fator associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No Brasil, a prevalência da HAS tem aumentado, constituindo um desafio significativo para os sistemas de saúde. Objetivo: Identificar a prevalência de HAS e fatores de risco entre adultos do norte de Minas Gerais. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico, quantitativo, realizado entre indivíduos com mais de 18 anos de idade, no Norte de Minas Gerais. Foi aplicado um questionário sobre dados sociodemográficos, hábitos de vida (atividade física, alimentação, uso de telas, tabagismo, exposição ambiental) e doenças crônicas não transmissíveis autorreferidas. Realizou-se análise descritiva e regressão logística binária entre hipertensão arterial e diversas variáveis associadas, apresentando OR, intervalo de confiança de 95% (IC 95%) e p-valor com nível de significância a 5%. Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS v. 28) para as análises. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº: 4.618.354). Cada participante foi orientado a assinar um termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Participaram 102 adultos, com média de 39 anos de idade (19-79 anos). Identificou-se que a idade e o índice de massa corporal (IMC) mostraram associações significativas com a HAS, indicando que o aumento da idade (OR = 6,71, IC95%: 2,17-16,6, p < 0,001) e do IMC (OR = 1,11, IC95%: 1,01-1,23, p = 0,024) levam a um maior risco de receber o diagnóstico da condição. Ademais, a renda familiar pode agir como um fator protetor contra a hipertensão (OR = 0,32, IC95%: 0,12-0,88, p = 0,028), levantando questões sobre o acesso a saúde, grau de instrução e hábitos de vida. A presença de dislipidemia também foi destacada, mostrando uma forte associação com a prevalência de níveis pressóricos sustentadamente alterados, conforme autorrelato (OR = 5,92, IC95%: 1,8-18,5, p = 0,002). Outras variáveis, como sexo, consumo de álcool, tabagismo, exposição a fogão a lenha, atividade física, uso de telas, diabetes mellitus e pneumopatias, não demonstraram associações significativas com HAS nesta amostra. Conclusões: Estes achados sugerem que medidas preventivas e intervenções direcionadas ao IMC, condições socioeconômicas e controle de dislipidemia podem ser cruciais na redução da prevalência de HAS nesta população.

Palavras Chave

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA; Fatores de Risco Cardiovascular; estilo de vida

Área

HIPERTENSÃO / DESNERVAÇÃO RENAL

Categoria

Iniciação Científica

Autores

DANILO DUARTE COSTA, RENATA DE CARVALHO BICALHO CARNEIRO, ANA TERESA FERNANDES BARBOSA, HENDERSON BARBOSA PIMENTA