Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES, MÉDIA DE PERMANÊNCIA, VALORES GASTOS E MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO POR REGIÕES BRASILEIRAS SEGUNDO FAIXA ETÁRIA ENTRE 2019-2023.

Resumo

INTRODUÇÃO:
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a maior causa de mortes no Brasil. Estima-se uma média de 400 mil casos anuais e 1 óbito a cada 7 casos. Não obstante, cabe ressaltar o impacto da doença em termos de morbidade devido à incapacidade física e laborativa, além do elevado custo financeiro ao sistema único de saúde.

OBJETIVO:
Analisar as internações hospitalares em adultos e idosos relacionadas ao IAM quanto aos números de média de permanência, custos e mortalidade por faixa etária nas regiões brasileiras de janeiro de 2019 a dezembro de 2023.

METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, que utilizou os dados fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH SUS), no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Foram utilizados os dados sobre as internações, média de permanência, custos e mortalidade por faixa etária nas regiões. Para a análise, utilizaram-se as medidas de frequência absoluta e
relativas.

RESULTADOS: Entre Janeiro de 2019 a Dezembro de 2023, ocorreram 735.702 internações por IAM em adultos e idosos no Brasil. Ajustando os dados, multiplicando o número de internações por 1000 e dividindo pela população total nas faixas etárias e regiões correspondentes, obteve-se uma taxa de internações mais precisa. Com isso, as regiões Sul (26,34%) e Sudeste (23,75%) lideraram, seguidas por Centro-Oeste (22,32%), Nordeste (15,73%) e Norte (11,86%). A média de permanência mais longa foi na faixa de 70 a 79 anos (7,6 dias), especialmente no Norte (8,8 dias) e Nordeste (8,4 dias). A exceção foi a faixa de 60 a 69 anos no Norte (8,9 dias). A região Sul possui características peculiares, sendo a única com a permanência média abaixo de 6 dias. Custando cerca de 2,5 bilhões de reais, o Sudeste liderou em gastos (48%), seguido pelo Sul (22%) e Nordeste (17%). Faixas etárias de 60 a 69 anos (33%), 50 a 59 anos (24%) e 70 a 79 anos (22%) demandaram mais recursos. Taxas de mortalidade no Norte (9,73%) e Nordeste (10,67%) superaram a média nacional (9,19%), com faixas etárias mais avançadas enfrentando maior risco nessas regiões: 22,35% no Norte e 23,00% no Nordeste. Por fim, Centro-Oeste, Sul e Sudeste estão abaixo da média nacional, especialmente Centro-Oeste (7,66%).

CONCLUSÃO:
o IAM tem um impacto notório dos 60 aos 79 anos, com maior incidência, internações e custos no Sudeste e Sul do Brasil. Notavelmente, as taxas de mortalidade e permanência são maiores no Norte e Nordeste, sobretudo, em idosos acima dos 80 anos.

Palavras Chave

Infarto Agudo do Miocárdio; Epidemiologia; Brasil

Arquivos

Área

DOENÇA CORONÁRIA AGUDA E CRÔNICA / TROMBÓLISE

Categoria

Iniciação Científica

Autores

ÁLVARO MATHEUS CLAUDINO AMOR DIVINO, WEDSON SILVEIRA SANTOS, STEPHANIE CAROLINE COSTA FERREIRA, CAMILA BARROS PRADRO MOURA SALES, LEANDRO CASTELO ALVES