Dados do Trabalho


Título

ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS PARA MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARES DA COVID-19 - UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: O foco da gestão terapêutica da COVID-19, especialmente em implicações cardiovasculares, gerou debates sobre a eficácia da tromboprofilaxia, aspirina, apixabana e exercícios, além do uso de anti-hipertensivos.

Objetivo: Avaliar as estratégias terapêuticas das manifestações cardiovasculares da COVID-19.

Métodos: Foram analisados ensaios clínicos publicados originalmente em inglês, nos últimos 5 anos, em humanos, tendo como referência a base de dados National Library of Medicine (MedLine). A busca pelos descritores e termos foi efetuada mediante consulta ao Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e ao Medical Subject Headings (MeSH), onde os utilizados foram: “COVID-19”, “Cardiovascular System” e “Treatment Outcome”. Foram incluídos estudos que compararam os efeitos do uso de corticosteróides na qualidade de vida das crianças e que verificaram alteração da doença respiratória de base. Foram excluídos estudos não disponíveis gratuitamente e com métodos pouco claros ou mal descritos. A escala PRISMA foi utilizada no intuito de sistematizar o relato desta revisão.

Resultados: Foram encontrados 418 resultados e, após os critérios de inclusão e exclusão e da busca continuada, quatro artigos concluíram o escopo e a análise final. Foram envolvidos 1820 participantes, 51% do sexo masculino, distribuídos em uma ampla diversidade etária. Os estudos demonstraram que hospitalizações e mortes indesejadas, embolia pulmonar, AVE isquêmico, coagulação intravascular disseminada, TVP e IAM não tiveram relação estatística significativa com a aplicação de tromboprofilaxia com enoxaparina (40mg 1x dia), com a terapia anticoagulante e antiplaquetária de aspirina (81mg 1x dia) e de apixabana em dose profilática (2,5mg 2x dia) e terapêutica (5mg 2x dia). Da mesma forma, a média de dias sem internação pós alta hospitalar por COVID-19 em pacientes cardiopatas que mantiveram o uso prévio de IECA ou BRA não se mostrou significativo para o desfecho analisado. Porém, a prática de exercícios tele-supervisionados por 12 semanas em pacientes pós internação por COVID-19 indicou que o treinamento físico é uma estratégia terapêutica efetiva em comparação ao controle, com aumento da saturação de O2 (1,9% ± 0,6%), aumento da pressão inspiratória média e expiratória média, e redução da velocidade da onda de pulso carotídeo-femoral (-2,0 ± 0,6 m/s).

Conclusões: Tratamentos não afetaram desfechos cardiovasculares na COVID-19; exercícios domiciliares pós-alta mostraram benefícios.

Palavras Chave

Sistema cardiovascular; Covid-19; Resultado do tratamento

Área

COVID-19 E SISTEMA CARDIOVASCULAR

Categoria

Pesquisador

Autores

MATEUS ABRANCHES LOURES GISTO, MARCELLE TOLEDO AMARAL, RAFAEL CARRARO DE REZENDE, MARSELHA MARQUES BARRAL MONTESSI