Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O PERFIL DE PACIENTES CARDIOPATAS COM E SEM FIBRILAÇÃO ATRIAL, QUE INGRESSARAM EM UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDÍACA

Resumo

Introdução: Os programas de reabilitação cardíaca (PRCV) são conjuntos de atividades que visam, aos portadores de doenças cardiovasculares, melhores condições sociais, mentais e físicas. Os pacientes com fibrilação atrial (FA), portanto, são contemplados com isso. A perda da capacidade funcional, gerada por essa patologia, está atrelada a dificuldade de realização das atividades diárias, tornando essas pessoas dependentes de terceiros. O exercício físico para pacientes com FA favorecem a melhora da potência muscular, aumento da autonomia e a qualidade de vida. Objetivo: Comparar a capacidade cardiopulmonar de pacientes cardiopatas com e sem FA que ingressaram em um PRCV. Métodos: Estudo transversal dos dados de 68 pacientes que ingressaram em um PRCV, e realizaram teste ergométrico ou ergoespirometria na admissão. Resultados: Foram analisados os dados de 36 pacientes com FA, sendo 23 homens e 13 mulheres, com idade média de 65 anos. Para a comparação, foram analisados os dados de 32 pacientes sem FA, sendo 21 homens e 11 mulheres, com idade média de 63 anos. As principais comorbidades associadas ao pacientes com FA, são: hipertensão (83,3%), infarto agudo do miocárdio (IAM)(16,7%), valvulopatia (17,1%), doença arterial coronariana (DAC)(36,1%) e insuficiência cardíaca (47,2%). As principais comorbidades dos pacientes sem FA são: hipertensão (75%), IAM (46,9%), valvulopatia (9,4%), DAC (75%) e insuficiência cardíaca (43,8%). Cerca de metade dos pacientes de ambos os grupos são tabagistas ou ex-tabagistas, e 89% dos pacientes com FA são sedentários, contra 68,8% dos pacientes sem FA. O resultado dos testes de esforço demonstrou que os pacientes com FA atingiram um VO2 máximo de 17,42 mL/kg-1min-1, velocidade máxima de 4,82 km/h e inclinação máxima de 8,91%, enquanto que, os pacientes sem FA atingiram um VO2 máximo de 18,99 mL/kg-1min-1, velocidade máxima de 5,77 km/h e inclinação máxima de 12,21%. O dado VO2 máximo foi analisado somente nos pacientes que realizaram ergoespirometria. Conclusões: A partir dos testes, conclui-se que os pacientes com FA possuem menor capacidade cardiopulmonar quando comparados com outros indivíduos cardiopatas sem FA, visto que, atingiram menores níveis de VO2 máximo, velocidade máxima e inclinação máxima. Portanto, o PRCV é de suma importância para esse grupo, pois uma das formas comprovadas de aumentar a tolerância do esforço físico é o treinamento através de exercício físico, além de controlar as demais comorbidades.

Palavras Chave

Reabilitação cardíaca; Cardiopatias; Fibrilação atrial

Arquivos

Área

CARDIOLOGIA DO ESPORTE, EXERCÍCIO, ERGOMETRIA E REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR

Categoria

Iniciação Científica

Autores

ANESSARA VARGAS MICHELON ZANOL, AMANDA CORTES MOLON, VITOR LAMB BUENO, OLGA SERGUEEVNA TAIROVA